Daniel Alves revive drama de Romário e Emerson na Seleção
Cortado da Seleção brasileira às vésperas de uma Copa do Mundo, o lateral Daniel Alves vive a mesma aflição de outros grandes jogadores que figuravam como nomes certos da equipe para a disputa de um Mundial e foram excluídos do grupo por causa de contusão. Em 1998, por exemplo, Romário não se conformou ao ser afastado do grupo pelo técnico Zagallo.
O craque teve uma contusão na panturrilha. Mas alegou que teria tempo suficiente para se recuperar durante a competição. A comissão técnica, porém, decidiu deixá-lo fora do Mundial da França. Foi substituído por Emerson. Mais tarde, em represália, ele mandaria desenhar na porta de banheiros de um bar de sua propriedade, na Barra da Tijuca, charges irônicas contra Zagallo e Zico, então coordenador-técnico da Seleção.
O caso mais emblemático, no entanto, de corte da Seleção, em cima da hora, se deu em 2002. Exatamente com Emerson. Um dia antes da estreia do Brasil naquele Mundial, contra a Turquia, na Coreia do Sul, o volante sofreu uma luxação no ombro quando participava de um rachão. Não teve como continuar e, por isso, não ganhou a medalha pelo pentacampeonato da Seleção. Ricardinho ocupou sua vaga.
Situação bem parecida ocorreu em dose dupla em 1994, com os zagueiros Ricardo Gomes e Mozer, nomes da confiança do técnico Carlos Alberto Parreira para a campanha que levaria o Brasil a conquistar o quarto título mundial. Ricardo sofreu uma lesão muscular em amistoso contra El Salvador, o último da Seleção antes da estreia na Copa dos EUA. Ronaldão entrou em seu lugar.
Mozer perdeu a chance de ganhar o título por causa de uma hepatite, detectada em exames feitos pelos médicos da Seleção. Para compensar a perda, o escolhido foi Aldair, que se destacaria no Mundial.
Anos antes, em 1982, o atacante Careca era um dos preferidos do técnico Telê Santana para o Mundial da Espanha. Sofreu um estiramento muscular a dias do início da Copa. Acabou substituído por Roberto Dinamite.
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