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Terra na Copa

Seleção joga por Mandela e para preencher lacunas de Felipão

Jogo marca uma das inúmeras homenagens que líder receberá pelos 20 anos do fim do apartheid na África do Sul e será oportunidade para treinador tirar últimas dúvidas

5 mar 2014 - 07h11
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<p>Luiz Felipe Scolari definiu Rafinha e Fernandinho para pegar a África do Sul como testes</p>
Luiz Felipe Scolari definiu Rafinha e Fernandinho para pegar a África do Sul como testes
Foto: Jefferson Bernardes / Vipcomm

A presença da Seleção Brasileira em Johannesburgo em sua última data-Fifa tem como pano de fundo um tema fora do futebol. Convidado para estrelar um jogo em homenagem aos 20 anos do fim do apartheid, o Brasil entra em campo pela última vez antes da convocação para a Copa do Mundo para preencher as últimas lacunas da lista que será apresentada no dia 7 de maio no Rio de Janeiro. O amistoso contra a seleção anfitriã está marcado para as 14h (de Brasília) desta quarta-feira, no Estádio Soccer City.

Com uma seleção quase pronta nas mãos e diante de um adversário de pouco poder, Felipão aproveitou para escalar entre os titulares dois novatos. Logo na primeira convocação com o técnico, o lateral direito Rafinha e o volante Fernandinho vão ser testados como opções a Maicon e Lucas Leiva para a reserva. Daniel Alves e Luiz Gustavo ganham descanso.

ÁFRICA DO SUL x BRASIL
05 de março, às 14h (de Brasília), no Soccer City, em Johannesburgo (África do Sul)
ÁFRICA DO SUL: Williams; Nthete, Ngcongna, Khumalo e Matiaba; Furman, Jali, Claaasen e Manyisa; Parker e Rantie. Técnico: Gordon Igesund
BRASIL: Júlio César; Rafinha, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Fernandinho e Paulinho; Hulk, Oscar e Neymar; Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari
Felipão: "Observação especial sobre Rafinha e Fernandinho":

Felipão admite que as dúvidas para fechar o grupo são periféricas, sem mexer na base trabalhada desde a Copa das Confederações. “Já disse que tenho 95% da Seleção”, explicou o treinador, brincando sobre o número: “algo como um jogador e meio”.

O número não exato de Felipão, na verdade, abrange outras três posições: um terceiro goleiro, um zagueiro reserva e um meia-atacante. O restante do grupo só mudará em caso de imprevistos. “Se for perguntada à maioria das pessoas que seguem a Seleção sobre minha lista de 23, quem não acertar 20 não estudou direito”, ironizou.

A abertura a testes impediu o treinador de escalar o mesmo time da Copa das Confederações, oportunidade que teria pela primeira vez desde a final contra a Espanha. Na avaliação de Felipão, o mais importante é a manutenção de um sistema de jogo, o que foi conseguido ao longo das últimas partidas.

“Construímos uma ideia, um sistema de jogo. O antecessor (Mano Menezes) tinha seu sistema, mas queríamos mudar alguma coisa e penamos no começo, mas depois deu certo”, disse. As entradas de Luiz Gustavo, Júlio César e Fred foram as mudanças entre o time-base de Mano para Felipão.

Felipão diz que tem 95% do grupo fechado para a Copa:

Fred diz que nada vai tirar o sono dele na Seleção Brasileira:
Fred de volta e Neymar com leve pressão

Depois de seis jogos ausentes na Seleção, Fred volta com confiança total de Luiz Felipe Scolari. A instabilidade física do atacante ainda é uma preocupação, mas já perdeu prioridade nas dores de cabeça de Felipão. O mesmo acontece com Júlio César, que jogará pelo Toronto FC até a Copa do Mundo.

O novo alerta de Felipão está com Neymar, mas ainda em nível baixo. A polêmica envolvendo a transferência ao Barcelona, que culminou com a queda do presidente Sandro Rossell, e as críticas por suas primeiras atuações depois de volta de lesão podem ser um indício da necessidade de uma nova blindagem. O jogador chegou à concentração evitando a imprensa.

Por enquanto, Felipão quer o mesmo Neymar de sempre. “Quero ele do mesmo jeito que ele está jogando. Está muito bom. Ele tem técnicos de qualidade que sempre acrescentam coisas boas a ele”, disse em relação ao técnico Tata Martino.

Homenagem a Mandela

Símbolo da luta contra o apartheid na África do Sul, Mandela também será protagonista no jogo. Além do jogo ter como pano de fundo a comemoração aos 20 anos da democracia no país, esta quarta marcará três meses da morte do líder.

A África do Sul entrará em campo com um uniforme com a numeração 46664, em referência à identificação de Mandela na prisão na ilha de Robbes. A CBF anunciou a doação de US$ 50 mil (cerca de R$ 120 mil) para a Fundação Mandela. Mais homenagens marcarão o jogo que será disputado no mesmo palco da cerimônia que reuniu milhares de pessoas e chefes de estado em dezembro de 2013, o Soccer City, final da Copa de 2010.

<p>Nelson Mandela fez aparição pública na final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul; três meses da morte nesta quarta</p>
Nelson Mandela fez aparição pública na final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul; três meses da morte nesta quarta
Foto: Getty Images

O técnico Felipão disse que este pano de fundo do jogo ajudou no sim para o convite. “É especial para todos nós. Tive a oportunidade de uma vez o encontrar. Quando adentrou Nelson Mandela na sala, todos ficaram encantados”, afirmou.

Esportivamente, a África do Sul pouco representará para o Brasil. O país ocupa a 64ª colocação do ranking da Fifa e nunca venceu os brasileiros. Ampliando a escala para o continente, a Seleção venceu africanos em 31 de 32 oportunidades com o time principal.

Felipão encara o jogo como um teste para enfrentar Camarões na primeira fase da Copa do Mundo. Com o grupo completo, o Brasil ainda enfrentará Sérvia e Panamá, que seriam parâmetros para os duelos diante de Croácia e México. O amistoso contra os sul-africanos foi marcado antes do sorteio da chave, mas era certo que o Brasil enfrentaria uma seleção do continente.

Fonte: Terra
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