RN: “barrados”, sócios do América-RN sofrem com fila de 1 hora em Arena
No primeiro evento oficial, a Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte, enfrentou problemas que revoltaram parte dos torcedores que foi ao local assistir à rodada dupla, com partidas entre América-RN e Confiança-SE, pela Copa do Nordeste, além de ABC x Alecrim, pelo Campeonato Potiguar. O principal deles envolveu alguns sócios-torcedores do time alvirrubro potiguar, que viram seus cartões negados e tiveram que enfrentar uma grande fila para resolver o problema.
O transtorno dos fãs começou quando eram direcionados para o setor destinado aos sócios – em sua maioria, o portão M do estádio. Contudo, ao tentar usar o cartão magnético na catraca, a entrada era negada. Os sócios eram, então, destinados a guichês especiais, nos quais a adimplência era conferida. O problema é que só uma pessoa atendia a mais de 50 torcedores na fila, que não parava de aumentar enquanto a reportagem esteve presente.
“Estou há uma hora na fila. A máquina de Goianinha (local do estádio utilizado pelo América-RN durante a construção da Arena das Dunas) nunca deu problema. E ninguém do América-RN vem aqui explicar pra gente o que está acontecendo”, criticou Sandro Damasceno - com 10 pessoas ainda à frente na fila -, que alegou ter uma carteirinha válida por mais 10 meses.
Dentro do estádio, o problema foi citado por outras pessoas, que, após enfrentarem a fila, trocaram o cartão magnético do América-RN por um provisório da organização – cartão inteiro branco, apenas com uma numeração. Evelyne Alves, 32 anos, foi uma das torcedores que teve o ingresso trocado. O curioso é que o pai dela, Hylo Campos, 61 anos, não teve o transtorno.
“Nós renovamos o cartão de sócio-torcedor juntos, eu entrei e ela não. Foi quase uma hora esperando lá fora, isso porque chegamos cedo. Fora a humilhação que sentimos”, disparou Hylo, já sentado dentro do estádio.
Pelo acordo com a operadora da Arena das Dunas, os sócios-torcedores do América-RN têm direito a entrar no estádio em todas as partidas nas quais o clube for mandante. O setor e a entrada, contudo, são responsabilidades dos organizadores do estádio,
Acessibilidade também é problema
Além dos transtornos com sócios americanos, outro problema nas redondezas do estádio era a acessibilidade. Entre o portão principal e o setor M e N, os torcedores tinham que descer um pequeno barranco, sem escada ou passagem com cimentos. Idosos e pessoas com dificuldade motora precisavam de ajuda de outras pessoas para vencer o desnível.
Quem também enfrentou problemas para chegar ao setor destinado no ingresso foi Artur, um garoto de 10 anos com a perna direita quebrada. Os pais, que acompanhavam o jovem fã, esperaram uma hora do lado de fora por uma cadeira de rodas prometida pela organização, mas que nunca chegou. Cansados de aguardar, resolveram subir a grande – e apertada – escadaria até o topo da Arena. O pai e a mãe tiveram que carregar o menino no colo - os três entraram com a partida já em andamento.
*O repórter viajou a convite da OAS Arenas