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Terra na Copa

Itália supera calor, conquista torcida e vence Inglaterra em Manaus

14 jun 2014 - 21h20
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Quem achava que Itália e Inglaterra poderiam fazer um jogo ruim devido aos efeitos de uma noite com temperatura em torno de 30 graus e da umidade elevada de Manaus errou feio: as duas campeãs fizeram um grande clássico na Arena da Amazônia neste sábado, com vitória da 'Azzurra' por 2 a 1 pelo grupo D da Copa do Mundo, considerado o mais difícil do torneio.

Boa parte dos jogadores até acusou as condições climáticas, mas se superou e fez uma partida com muita movimentação e várias oportunidades para os dois lados. Melhor para a tetracampeã, que abriu o placar com Marchisio, sofreu o gol de empate de Sturridge e decretou o triunfo com gol de Balotelli.

Dessa forma, os italianos saíram na frente no grupo da morte ao lado da Costa Rica, que mais cedo surpreendeu o Uruguai com um triunfo por 3 a 1 no Castelão, em Fortaleza. A 'Celeste' e o 'English Team' jogarão a sobrevivência no Mundial na próxima quinta-feira, quando se enfrentarão na Arena Corinthians, em São Paulo. Já a 'Azzurra' medirá forças com os caribenhos pela liderança da chave um dia depois, na Arena Pernambuco, no Recife.

O clássico poderia ter sido uma revanche para os ingleses, que foram eliminados pelo adversário desta sexta na Eurocopa de 2012. Os comandados de Cesare Prandelli levaram a melhor nos pênaltis nas quartas de final e seguiram rumo ao vice-campeonato continental.

A Inglaterra teve equipe completa para a estreia. O atacante Welbeck, que era dúvida devido a dores na coxa direita, foi para o campo. Roy Hodson apostou em uma formação ultraofensiva, com quatro homens de frente: Rooney, Sterling, Sturridge e Welbeck.

Já a Itália teve uma grande baixa de última hora. O goleiro Buffon sentiu o tornozelo e teve que dar lugar a Sirigu no time titular. Cesare Prandelli também não contou com o lateral-esquerdo De Sciglio, que deu lugar ao zagueiro Paletta. Chielini foi deslocado para a lateral esquerda.

Mas os italianos contaram com um apoio extra para superar o calor e os ingleses: a torcida dos brasileiros presentes à Arena da Amazônia, que não hesitaram em optar pela 'Azzurra' ao invés dos ingleses devido às queixas destes últimos nos meses anteriores à Copa por jogar em Manaus.

O jogo começou da forma que se espera de um grande clássico. Logo aos três minutos, Sterling escapou em contra-ataque pela direita e acertou um lindo chute. A bola bateu do lado de fora da rede e enganou muita gente, que achou que havia sido gol. Dois minutos depois, Henderson ficou com a sobra pelo meio e chutou para a primeira boa defesa de Sirigu.

Nos primeiros momentos, a partida foi toda do 'English Team', que incomodou mais uma vez aos 11. Em erro na saída de bola, Paletta deu um presente para Welbeck, que bateu colocado e mandou raspando à direita da meta.

O primeiro bom momento da Itália na partida aconteceu aos 18 minutos, com Candreva, que arriscou de longe e Hart espalmou de forma estranha, mas foi salvo por seus companheiros de zaga.

Logo depois, os ingleses levaram perigo em dois cruzamentos rasteiros em sequência. Aos 21, Sterling acelerou pela esquerda, mas Welbech teve a porta fechada pela defesa e não conseguiu completar. Aos 23, foi o atleta do Manchester United que fez linda jogada individual pela direita, com direito a drible da vaca, e tocou para a área. Bazargli se esticou todo e cortou providencialmente. A bola ainda encobriu a cabeça de Sturridge antes de sair.

A partida parecia favorável ao 'English Team', mas foi a 'Azzurra' quem saiu na frente. Aos 34 minutos, na cobrança curta de escanteio, Candreva rolou para o meio, Pirlo mostrou toda a sua categoria com um lindo corta-luz e Marchisio finalizou no cantinho direito.

A resposta inglesa foi dada rapidamente, e da melhor forma possível: com o gol de empate. Dois minutos depois do gol de Candreva, Rooney puxou contra-ataque e levantou para Sturridge, que, sem ser incomodado, chutou de primeira.

Apagado no jogo até então, Balotelli protagonizou um lance de muita categoria aos 46. O camisa 9 tirou Hart para dançar e tocou por cima do goleiro, mas Jagielka salvou em cima da linha. Na sequência, Candreva foi acionado na esquerda e acertou o pé da trave.

E justamente os dois jogadores que estiveram perto de desempatar nos instantes finais do primeiro tempo marcaram o segundo gol italiano logo aos quatro minutos da etapa final. Candreva cruzou no meio dos zagueiros e Balotelli apareceu para completar de cabeça.

O jogo, assim como o clima em Manaus, ia ficando quente, com os dois times criando boas chances. Sturridge chutou da intermediária e viu a bola raspar a trave, aos 14. Aos 17, Henderson colocou Rooney na cara do gol, o atacante cortou e chutou no contrapé de Sirigu, mas errou por centímetros.

A pressão da Ingleterra foi aumentando, e a Itália se defendia como conseguiu. Johnson foi mais um a arriscar de longe, aos 27 minutos, e viu a bola raspar a trave direita. Em seguida, Balotelli foi substituído e demonstrou toda a sua insatisfação com Prandelli.

Os instantes finais foram praticamente um ataque contra defesa. Contudo, as melhores oportunidades surgiram na bola parada, e os cobradores falharam. Baines obrigou Sirigu a fazer boa intervenção aos 31, e Gerrard mandou por cima, perto do alvo, aos 39.

Também na bola parada, Pirlo deu show aos 48 minutos, mas não conseguiu ampliar. O veterano meia bateu falta de muito longe e colocou um efeito que traiu Hart, mas carimbou o travessão e não conseguiu mexer no placar.

Ficha técnica:.

Inglaterra: Hart; Johnson, Cahill, Jagielka e Baines; Gerrard, Henderson (Wilshere) e Rooney; Sterling, Welbeck (Barkley) e Sturridge (Lallana). Técnico: Roy Hodgson.

Itália: Sirigu; Darmian, Barzagli, Paletta e Chiellini; De Rossi, Pirlo e Verratti (Thiago Motta); Candreva (Parolo) e Marchisio; Balotelli (Immobile). Técnico: Cesare Prandelli.

Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda), auxiliado por seus compatriotas Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Cartão amarelo: Sterling (Inglaterra).

Gols: Sturridge (Inglaterra); Marchisio e Balotelli (Itália).

Estádio: Arena da Amazônia, em Manaus.

EFE   
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