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Terra na Copa

Em time de sheik, Nenê admite que pressão por título está com PSG

3 set 2011 - 08h43
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Allan Farina
Direto de Paris

A temporada 2011/12 marca uma nova era para o Paris St. Germain. Um dos clubes mais tradicionais da França, o time da capital do país é agora propriedade do sheik Tamim bin Hamad Al Thani, bilionário e herdeiro do trono do Catar. Seguindo o que já ocorre com Manchester City e Málaga, o clube investiu pesado para o novo ano, e pretende se colocar entre os grandes da Europa.

Entre grandes contratações e cifras, um dos pilares do PSG segue sendo o brasileiro Nenê. No time de Paris desde a última temporada, o meia-atacante conversou com o Terra sobre esta nova fase do clube, em que terá novos colegas e mais pressão para conviver.

Para esta temporada, o PSG anunciou as vindas do meia argentino Javier Pastore (contratado pelo valor recorde de R$ 96 milhões), do volante malinês Mohamed Sissoko, do atacante francês Kevin Gameiro e do zagueiro uruguaio Diego Lugano, entre outros reforços. Outra contratação foi do brasileiro Leonardo, então técnico da Inter de Milão, que assumiu o cargo de diretor esportivo.

Nenê relata nesta entrevista o que mudou no PSG desde a chegada dos novos proprietários, projetando o que deve acontecer na temporada e a pressão por uma vaga na Liga dos Campeões, principal objetivo no ano. Confira a conversa a seguir:

Terra - É apenas o início da temporada, mas o que já mudou no PSG com a presença dos novos donos?

Nenê -

Astro em Paris, Nenê lida com fãs e sonha com Seleção:

Já mudou a pressão. Ela já era grande, mas aumentou ainda mais. Os próprios jogadores dos outros clubes importantes, como o Olympique de Marselha e o Lyon, já jogaram a "bucha" para a gente, dizendo que somos favoritos ao título. Mas isso é uma coisa que vem com o grande investimento que os proprietários fizeram. Acho que isso não vai atrapalhar, só vai ajudar. Contrataram jogadores importantíssimos, todos de seleção. Acho que o grupo está bem ciente de que estamos no caminho certo para voltar a conquistar o título nacional, que é o que o torcedor espera há muito tempo.

Terra - O projeto dos novos proprietários é tornar o PSG um Chelsea?

Nenê -

O pessoal quer que o clube siga o caminho de Manchester City, Málaga, que são clubes das famílias dos sheiks do Catar. A visão deles é de voltar a fazer do Paris um dos grandes da Europa. Essa é a intenção. Voltar a disputar Champions League, estar entre os melhores da Europa, chegar o mais longe possível. Eles vieram com tudo e tomara que possamos conseguir isso logo no primeiro campeonato, essa vaga na Liga dos Campeões. Esse título para nós seria ideal.

Terra - Se o PSG não conseguir a vaga à Liga dos Campeões, a temporada terá sido um fracasso?

Nenê -

Não podemos dizer fracasso, mas é o objetivo do clube. O Leonardo, o presidente (Benoit Rousseau) e o treinador (Antoine Kombouaré) já enfatizaram que a meta é a Liga dos Campeões, então temos que ficar no mínimo em terceiro (os dois primeiros colocados conseguem a vaga direta, enquanto o terceiro disputa um playoff para a fase de grupos). Se a gente conseguir o título, melhor. Mas o objetivo é essa vaga. Claro que se não conseguirmos, estaria fora dos planos. No ano passado ficamos em quarto, quase ficamos com essa vaga.

Terra - E como é sua relação com o Leonardo?

Nenê -

Foi uma coisa muito boa para o clube. O Leonardo é uma pessoa extremamente séria e inteligente, acho que fez as contratações que o clube precisava. Já conversamos um pouco e é claro que temos uma relação profissional, eu e o Ceará (lateral direito ex-Internacional, o outro brasileiro no elenco do PSG) não temos nenhum privilégio por sermos brasileiros. Mas é claro que é diferente ter um diretor que é brasileiro, fala nossa língua, é bem interessante.

Terra - Existe muita provocação das outras torcidas pelo jejum de títulos do PSG (o clube só conquistou o Campeonato Francês duas vezes, a última em 1994)?

Nenê -

No Campeonato Francês as torcidas rivais, principalmente do Olympique, provocam. Mas o time conquistou a Copa da França na temporada passada. O que falta para nosso clube é esse título francês, que seria o pontapé ideal para essa nova era do clube.

Terra - Você pensa em voltar a atuar em uma liga mais expressiva da Europa (Nenê já atuou na Espanha por Mallorca, Alavés, Celta de Vigo e Espanyol)?

Nenê -

Se a gente conseguir classificar para a Champions League, o clube já vai estar entre os grandes clubes europeus, então não preciso pensar nessa possibilidade. O Campeonato Francês está melhorando. Não está no nível de Inglaterra, Espanha ou Itália, mas em um futuro próximo tem tudo para chegar a estes campeonatos.

Terra - E como está este início de temporada com os novos jogadores?

Nenê -

O primeiro jogo perdemos, uma coisa inesperada. Mas acho que acontece. O grupo não está entrosado. Mas aos poucos vamos melhorando. No campeonato já foram duas vitórias, mas acho que estamos no caminho certo. Os jogadores estão sendo inteligentes e a cada dia nos treinos estamos procurando conversar para nos conhecermos bem.

Fonte: Terra
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