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Craques e torcedores

Maior artilheiro de uma única Copa marcou 13 gols em 6 jogos

Just Fontaine brilhou com a seleção francesa no mundial de 1958 e foi escolhido o melhor jogador de seu país em todos os tempos

20 jun 2014 - 08h00
(atualizado às 13h23)
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O atacante Just Fontaine entrou para a história ao marcar 13 gols em seis jogos na Copa de 1958, mas teve de encerrar a carreira antes dos 29 anos
O atacante Just Fontaine entrou para a história ao marcar 13 gols em seis jogos na Copa de 1958, mas teve de encerrar a carreira antes dos 29 anos
Foto: Getty Images

Neymar, Karim Benzema (França), Robin Van Persie (Holanda) e Thomas Müller (Alemanha) começaram bem, mas ainda vão ter de suar muito para chegar aos pés do francês Just Fontaine, maior artilheiro de uma única Copa: conseguiu balançar as redes 13 vezes em apenas seis jogos, em 1958.

O goleador nasceu no Marrocos em 1933, quando o país africano era uma colônia francesa. Sua carreira profissional começou no Casablanca, time da maior cidade do país, onde o atacante conquistou a Liga Marroquina e a Copa dos Campeões do Norte da África, em 1952. Suas boas atuações chamaram a atenção do Nice, equipe pela qual Fontaine faturou a Copa da França e o Campeonato Francês.

Em 1956, o craque foi contratado pelo Reims e jogou por um breve período ao lado do ídolo local, Raymond Kopa. Seu parceiro logo se transferiu para o Real Madrid, mas nessa época os dois já formavam, junto com Roger Piantoni, o poderoso ataque da seleção francesa, que a colocava entre as equipes favoritas para a conquista da Copa do Mundo de 1958.

Allez les Bleus

A França começou o mundial correspondendo às expectativas ao golear o Paraguai por 7 a 3 na estreia. Fontaine fez três; Piantoni e Kopa, um cada. Na segunda rodada, porém, os franceses foram surpreendidos e acabaram derrotados pela Iugoslávia por 3 a 2. Apesar do resultado, Fontaine marcou os dois tentos de sua equipe.

Precisando da vitória para avançar à fase seguinte, Kopa e Fontaine conduziram a equipe no triunfo por 2 a 1 sobre a Escócia. Nas quartas de final, a França voltou a mostrar seu melhor futebol, e goleou a Irlanda do Norte por 4 a 0, com o artilheiro indo às redes em duas ocasiões. Assim, a semifinal entre França e Brasil ganhava contornos de final antecipada, por conta do grande futebol demonstrado pelas duas equipes no torneio.

A seleção verde e amarela abriu o placar com Vavá logo aos dois minutos de jogo. Porém, sete minutos depois, Fontaine deixou tudo igual. A partida seguia equilibrada até que uma dura entrada de Vavá quebrou a perna do zagueiro francês Robert Jonquet. Como naquela época não havia substituições, o atleta se manteve em campo no sacrifício até o final da primeira etapa para não deixar sua equipe com um homem a menos, já que o brasileiro não foi expulso pelo lance.

Antes do intervalo, porém, Didi acertou chute especular da intermediária, desempatando a partida para o Brasil. Jonquet não conseguiu voltar dos vestiários, e o que se viu no segundo tempo foi um show de Pelé, que marcou três gols e garantiu a vitória brasileira por 5 a 2.

Depois da derrota para o Brasil, a França jogou a disputa de terceiro lugar contra a Alemanha Ocidental, que na época era a campeã do mundo. E foi justamente este jogo que fez Fontaine entrar para a história do futebol. Com nada menos do que quatro gols marcados, o craque não apenas ajudou seu país a vencer por 6 a 3, como também chegou à incrível marca de 13 gols em apenas seis jogos, uma média de mais de 2 gols por partida – marca que, quase seis décadas depois, permanece longe de ser batida em Copas do Mundo. Para se ter uma ideia, depois de 1958, quem chegou mais perto de igualar este número foi o atacante alemão Gerd Müller, que balançou as redes por 10 vezes em 1970.

Aposentadoria prematura

Depois do mundial, Kopa retornou ao Reims, e a equipe reviveu o trio de ouro da seleção com Fontaine e Piantoni, conquistando mais um campeonato nacional. Em 1960, no entanto, o matador sofreu uma grave fratura na perna direita, e jamais conseguiu se recuperar totalmente. Após várias tentativas frustradas de voltar a jogar, Fontaine abandonou os gramados em 1962, antes de completar 29 anos.

Mesmo assim, seus números com a camisa da seleção permanecem assombrosos. Foram nada menos do que 30 gols em 21 jogos, o que fez com que ele superasse lendas como Platini e Zidane em uma eleição realizada em 2004 pela UEFA para escolher o melhor jogador francês dos últimos 50 anos.

Fontaine ainda tentou seguir a carreira de treinador, e dirigiu a França por apenas duas partidas na década de 1960. Nas eliminatórios para o mundial de 1982, chegou perto de classificar a seleção do Marrocos, mais o país foi eliminado por Camarões na última rodada.

Fonte: PrimaPagina
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