Comissão da CBF pede suspensão de Caboclo por 15 meses
Julgadores estabeleceram o prazo inicial de 12 meses, que foi revisto rapidamente e pulou para 15
A Comissão de Ética da CBF decidiu nesta terça-feira (24) acolher a denúncia contra o presidente da entidade, Rogério Caboclo, por conduta inapropriada na relação dele com uma funcionária da casa, descaracterizando os termos de assédio sexual e moral de que era acusado, e estabeleceu o prazo de 15 meses de seu afastamento do cargo.
Essa decisão precisa ser avaliada em assembleia por no mínimo 75% das 27 federações estaduais de futebol. Caso contrário, Caboclo, afastado da presidência da CBF desde o início de julho, volta a ocupá-la.
A princípio, a assembleia seria realizada nesta quarta (25), mas foi cancelada por decisão da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA), após um pedido de Caboclo - alegou que a reunião não poderia ter sido convocada sem que se conhecesse o veredito da Comissão de Ética.
Se a pena for aplicada, será preciso deduzir dela os três meses de afastamento já cumpridos.
Durante a sessão que determinou o pedido de suspensão, a comissão começava a definir a punição para um período de 12 meses. Com os três meses já contados, isso significaria dizer que Caboclo ficaria fora da entidade também pelos próximos nove meses.
Na avaliação dos auxiliares de Caboclo, segundo o Terra apurou, a mudança brusca de 12 para 15 meses teve a intenção de deixá-lo sem quaisquer condições de disputar a eleição em 2022 – ainda na hipótese de as federações ratificarem a “sentença” da Comissão de Ética.
A eleição que definirá o próximo presidente da CBF pode ser realizada de abril de 2022 até abril de 2023, quando o eleito tomará posse. Tudo leva a crer, porém, que será feita no primeiro semestre do ano que vem.
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