Bolívia vê Brasil mais perigoso sem Neymar: "Preocupa mais"
A quinta-feira foi repleta de movimentação no estádio do Morumbi para acompanhar a Seleção Brasileira, mas, assim que os comandados de Tite deixaram o local, foi a vez da Bolívia ter o seu espaço. Coadjuvante na noite de estreia da Copa América, nesta sexta, a seleção do altiplano sul-americano adotou um discurso humilde para encarar os donos da casa, mesmo na ausência de Neymar.
De acordo com o técnico Eduardo Villegas e o goleiro Carlos Lampe, escolhidos para dar entrevista depois do reconhecimento do gramado do local, a Seleção é tão perigosa quanto na ausência do camisa 10, cortado após se lesionar no amistoso contra o Catar. Para Lampe, aliás, o time "descentralizado" do Brasil é uma preocupação maior.
"Muda defensivamente e ofensivamente, antes o jogo era mais centralizado no Neymar, agora eles podem te atacar pela esquerda, pela direita, levam perigo de diversas formas. Me preocupa mais porque agora o Brasil é mais compacto", avaliou, elogioso a David Neres, substituto do atleta do Paris Saint-Germain.
"É um jogador muito rápido, muito habilidoso, conhecemos a todos que vamos enfrentar. Jogador jovem, que já fez um gol até (no último jogo)", continuou Lampe. Ao seu lado, bastante calmo para explicar o que pensa da partida, Villegas fez questão de manter a Bolívia viva na briga pelos três pontos.
"Nenhum time é invencível. Isso está claro. Em qualquer liga ou copa que se disputa pelo mundo inteiro. Brasil é forte, mas não invencível", avaliou, sem querer entregar o que os seus comandados poderiam fazer para surpreender os brasileiros quando entrarem em campo.
"Sabemos que têm algumas falências, alguns setores onde podemos neutralizar seu futebol, outros por onde podem nos atacar. Mas não posso dizer agora. Podemos fazer o gol em algum momento e, se formos contundentes, seria magnífico", concluiu Villegas.
Gazeta Esportiva
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