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Após votar contra a MP, Romário foca na CPI do futebol

14 jul 2015 - 10h11
(atualizado às 11h54)
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Mostrando-se afim, na maior parte das vezes, de tratar sobre assuntos polêmicos sem medo de expressar suas opiniões, o senador Romário se absteve, na última segunda, de votar a favor da medida provisória 671 por não apoiar o refinanciamento da dívida dos clubes com o Governo Federal nos moldes propostos. Após explicar os motivos que o fizeram ser contrário a MP do futebol, o ex-jogador conclamou a todos, na rede social, para a instauração da CPI.

Contrário ao Profut - programa de refinanciamento orçamentário - e às diferentes regras que seriam impostas aos competidores, ao aumento do limite de endividamento dos clubes para 80% e à ampliação do período para a redução do déficit - 10% de redução em 2017 e 5% em 2019 -, Romário parece engajado com a criação da CPI do futebol, que tem o objetivo de investigar os meandros do futebol brasileiro na esteira do escândalo de corrupção que explodiu na Fifa.

Romário se reúne com senadores para definir presidente e vice-presidente da CPI
Romário se reúne com senadores para definir presidente e vice-presidente da CPI
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Nesta terça-feira, às 14h (Brasília), Romário se reunirá no plenário com outros senadores para conquistar "a primeira vitória nas muitas batalhas que tem para vencer". Nesta primeira reunião, serão definidos o presidente e o vice-presidente da CPI do futebol, que pretende investigar a relação da CBF com empresas de marketing e a confecção de eventuais contratos superfaturados.

Apesar do não de Romário, que também baseou sua recusa no fato da CBF não ter nenhuma punição estipulada caso não cumpra os quesitos que são de sua responsabilidade, como rebaixar clubes que não apresentem certidões negativas de débito, a MP do futebol foi aprovada no Senado por 50 votos a favor contra seis, e agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A aprovação da MP, que visa discutir a Lei de Responsabilidade Fiscal dos clubes de futebol, acarretará em um refinanciamento da dívida dos clubes em até 20 anos. No entanto, para participar de campeonatos, os clubes terão que apresentar certidões que comprovem o pagamento em dia dos vencimentos e, caso contrário, podem ser rebaixados às divisões inferiores.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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