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Antes sinônimo de bagunça, Flamengo vira exemplo de gestão

12 mai 2015 - 08h50
(atualizado às 08h52)
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“Algum tempo atrás, o Flamengo só seria citado como exemplo negativo”, brincou Eduardo Bandeira de Mello, presidente da agremiação rubro-negra, sobre a ótima recepção que a gestão da equipe teve durante a Business FC, evento ocorrido em São Paulo na última segunda-feira que reuniu profissionais do futebol e especialistas em gestão e marketing. Hoje, a equipe carioca é o modelo atual de gestão a ser seguido, na opinião da maior parte dos palestrantes.

Tal modelo teve início em 2013, quando Mello assumiu a presidência. O Flamengo, famoso durante os últimos anos por não se comprometer no pagamento de suas dívidas, tomou a atitude de trabalhar com um orçamento fixo, capaz de estabilizar a sua situação financeira, mesmo que tenha reflexo na equipe de futebol.

“No início da nossa gestão vocês acompanharam aquela situação, todos os ajustes que tivemos que fazer, absolutamente dramáticos, que de uma certa forma se prolonga até hoje, mas em uma situação um pouco melhor. Conseguimos as certidões negativas, hoje o Flamengo paga os seus compromissos religiosamente em dia”, disse Bandeira em entrevista ao Terra.

Presidente do Flamengo comemora evolução financeira do clube:

A atitude foi vista como um exemplo pelos participantes da Business FC. Na visão dos palestrantes, o “espírito aventureiro” de alguns dirigentes, que preferem montar um time campeão a estruturar a dívida dos clube é um dos principais problemas na hora de se avaliar a gestão de longo prazo das equipes brasileiras.

De acordo com os especialistas, a preocupação com um orçamento que não seja deficitário é o maior trunfo do Flamengo na atualidade. A equipe rubro-negra foi a única a reduzir o seu endividamento em 2014.

“Assumimos em 2013 em um momento tão difícil para o clube. Queria agradecer a todos os elogios que tenho recebido durante o dia aqui. É muito bom ver o Flamengo agora como bom exemplo, quando antes era justamente o contrário”, disse Mello ao receber um dos três prêmios que o Flamengo ganhou durante o dia: melhor gestão, transparência financeira e melhor CEO.

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Foto: Daniel Ramalho / Terra

Inclusive o diretor-executivo do clube foi outro protagonista no evento. Fred Luz falou no painel que destacou até que ponto os Estaduais são importantes no futebol brasileiro. Líder ao lado do Fluminense do movimento que contestou a atuação da Ferj no Campeonato Carioca, o Flamengo luta para unir os clubes do Estado. Luz comparou o seu clube a um “trem pagador”, já que os grandes públicos que leva ao estádio dá uma grandiosa renda para a federação carioca e pediu mudanças no modelo dos Estaduais.

“O ideal seria um Estadual mais longo para os pequenas e de torno de um mês para os grandes. Assim eles teriam tempo de participar de eventos que incrementam as receitas (amistosos internacionais)”, disse Fred. “Os grandes poderiam ter um excesso de receitas que posteriormente poderia ser repassada em parte para os pequenos. Imagino que neste modelo eles poderiam dobrar ou triplicar as suas receitas”, argumentou.

Executivo da Traffic vê avanço na gestão de clubes do Brasil:

Como fazer os outros clubes aderirem a um modelo semelhante ao flamenguista, de acordo com os presentes no evento, a Medida Provisória que visa o refinanciamento fiscal dos clubes é um primeiro passo. Para que as equipes consigam refinanciar as suas dívidas com o governo, precisam aceitar mudanças no modo de gestão como o fair play financeiro e punições aos clubes que não honrarem os seus compromissos com os seus jogadores.

“A MP é um marco zero da profissionalização dos clubes. O fair play financeiro é na verdade uma proteção aos clubes. Para evitar que o torcedor amanhã não pedir jogador depois de perder três jogos. É educar o torcedor que se isso acontecer não adiante contratar um jogador porque o clube tem que trabalhar dentro  de um planejamento”, afirmou Toninho Nascimento, ex-secretário de futebol do Ministério dos Esportes.

Quem largou na frente neste “marco zero”? O Flamengo. “Acho que é um projeto que vai ser extremamente positivo, é claro que a MP requer alguns aperfeiçoamentos, isso é natural com toda medida que volta ao Congresso. Tenho certeza que o  cerne da questão será mantido, as contrapartidas serão mantidas, e o Flamengo pode se orgulhar de cumprir todas elas”, avaliou Bandeira.

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
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