Fifa mirou CBF ao cortar árbitro brasileiro da final da Copa
Sandro Meira Ricci estava entre os 12 selecionados com chances de apitar a decisão do Mundial, no domingo, entre França e Croácia. Mas seu nome não foi levado em consideração na reta final pelo Comitê de Arbitragens da Fifa por causa de um pedido da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Tudo isso em represália à quebra de acordo do presidente da CBF, coronel Antônio Nunes, com os demais dirigentes do continente para a escolha da sede do Mundial de 2026.
A informação foi passada ao Terra por um dirigente da Conmebol, que está na Rússia para ver o último jogo da Copa.
A exclusão de Sandro Meira teria sido acatada de imediato pela Fifa, também indisposta com a cúpula da CBF por causa dos últimos anos de escândalos de corrupção envolvendo a confederação nacional e em razão de atitudes do coronel Nunes durante sua permanência na Rússia. Lá, ele protagonizou mal-estar ao assumir que votaria com a candidatura conjunta de EUA, Canadá e México para a Copa de 2026, mas acabou optando por Marrocos.
Seu gesto abriu uma crise na relação da CBF com as demais federações da América do Sul. Depois disso, o coronel envolveu-se numa confusão num restaurante, em São Petersburgo, quando um dos seus assessores agrediu um torcedor brasileiro com um copo de vidro. Em seguida, a CBF precisou blindar o seu presidente e quase o manteve enclausurado nos hotéis que o hospedavam.
Quem vai apitar França x Croácia será o argentino Néstor Pitana. Ele estava bem cotado e foi escolhido em comum acordo entre as duas finalistas e a Conmebol.
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