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Ex-técnico do Flamengo, Apolinho fala de saudades da Geral: 'Agora está muito quietinho'

Radialista falou sobre falta que seção do Maracanã antigo faz nas torcidas dos dias atuais

19 jun 2021 - 19h42
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Em entrevista no programa "Dividida" com o jornalista Mauro Cezar Pereira, o radialista e ex-técnico do Flamengo Apolinho falou sobre que a Geral faz no Maracanã. A seção que era marcada pelo preço mais baratos dos ingressos e figuras folclóricas nas torcidas deixou de existir com as reformas do estádio que no início dos anos 2000. Apolinho falou das diferenças dos torcedores do "novo Maracanã".

Apolinho (centro) na época em que treinava o Flamengo nos começo dos anos 1990; o jornalista foi o técnico do Flamengo na partida contra o Vélez Sarsfield (ARG) marcada pela briga entre os atletas (Reprodução)
Apolinho (centro) na época em que treinava o Flamengo nos começo dos anos 1990; o jornalista foi o técnico do Flamengo na partida contra o Vélez Sarsfield (ARG) marcada pela briga entre os atletas (Reprodução)
Foto: Lance!

- Essa gente que fazia parte da história, que participava, ela tinha uma comunicação com os jogadores, muito grande, motivava e levava, eu já vi o próprio Zico dando entrevista e dizendo que ele se motivava, ele corria olhando para a geral, interagindo com o "geraldino" depois de meter um gol - contou o radialista.

- Ele via nos olhos dos "geraldinos", na expressão dos "geraldinos", lágrimas caindo dos olhos dos "geraldinos", estava vendo ali recompensado o esforço que ele estava fazendo em campo. Isso aí é uma troca de energia, o torcedor manda energia para o campo e o jogador devolve para o torcedor a empolgação, isso é um combustível que alimenta - completou Apolinho.

A Geral era o nível do Maracanã que ficava mais próximo ao gramado. A seção tinha os ingressos mais baratos e não tinha degraus. Ela criou a figura dos "geraldinos", torcedores dos clubes cariocas que eram tradicionais na Geral e, muitas vezes, iam para as partidas fantasiados ou com adereços inusitados.

- Agora está muito quietinho, negócio de bater palminha e tal, sinceramente, eu sinto falta das torcidas organizadas, enfim, mas hoje é assim - concluiu o apresentador.

Lance!
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