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Messi

Messi marca, e Argentina bate Equador com atuação ruim

Craque do Barcelona marca o único gol da partida na Bombonera aos 12 minutos do primeiro tempo

9 out 2020 - 00h03
(atualizado às 12h22)
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Sem correr riscos, mas também sem qualquer brilhantismo, a Argentina começou a busca por uma vaga na Copa do Mundo de 2022 com uma vitória magra. Com um gol de Messi de pênalti nos minutos iniciais do primeiro tempo, derrotou o Equador por 1 a 0, na La Bombonera, pela rodada inicial das Eliminatórias Sul-Americanas.

Foto: Reuters

Apesar de ter triunfado, a Argentina teve uma atuação apagada. Nunca conseguiu acelerar o jogo, marcou o seu gol graças a um pênalti questionável marcado pela arbitragem e exibiu pouca vontade para ampliar o placar. E se não teve sua meta ameaçada, isso também se deu pela nulidade ofensiva que foi a equipe equatoriana na noite desta quinta.

A partida foi realizada com os portões fechados em função da pandemia do coronavírus, algo que foi comentado por Messi após o apito final. "Foi um ano complicado pelo que estamos vivendo. Poder voltar a jogar pela seleção e dar alegria às pessoas com a vitória, além do jogo, serve para descomprimir um pouco. Envio muita força a todos os argentinos", disse o craque, autor de um gol de pênalti aos 12 minutos, após infração em Ocampos.

A Argentina não atuava desde novembro de 2019, uma inatividade que Messi avalia ter atrapalhado a seleção. Mas destacou a importância de iniciar a Eliminatórias com vitória, para evitar sustos, como no classificatório para a Copa da Rússia.

"Foi importante começar ganhando porque sabemos como são difíceis as Eliminatórias. Os jogos são sempre difíceis, esperávamos este nível, não jogamos há muito tempo. A ansiedade também torna as coisas complicadas", acrescentou, após o jogo.

As seleções voltarão a jogar na próxima terça-feira. No Hernando Silles, em La Paz, às 17 horas, a Argentina visitará a Bolívia, em busca do seu segundo triunfo nas Eliminatórias. Uma hora depois, no Casa Blanca, em Quito, o Equador receberá o Uruguai, tentando se reabilitar no qualificatório.

O JOGO

Com o Monumental de Nuñez em reforma, a Argentina atuou em um estádio diferente ao usual e entrou em campo com uma formação jovem, tanto que Acuña, Messi e Otamendí eram os únicos titulares que já haviam atuado pelas Eliminatórias. E também não tinha Dybala, com problemas gastrointestinais, o que rendeu a Ocampos uma chance no setor ofensivo com o técnico Lionel Scaloni.

Já o Equador estreava o técnico Gustavo Alfaro, que tinha trabalhado como técnico pela última vez no comando do Boca Juniors. E escalou dois jogadores que estão no futebol brasileiro: o zagueiro são-paulino Arboleda e o meio-campista Alan Franco, do Atlético Mineiro.

Foi com Ocampos que a Argentina começou a encaminhar o seu triunfo, logo aos dez minutos, quando a arbitragem marcou pênalti após carrinho de Estupiñán. Messi bateu no canto esquerdo e fez 1 a 0, aos 12. Só que aí a seleção parou, pois mesmo com mais posse de bola, não finalizaria mais sequer uma vez na primeira etapa. E como não tinha a defesa ameaçada, o primeiro tempo não teve mais qualquer emoção.

Assim como no início da primeira etapa, Ocampos também apareceu bem no começo do segundo, logo aos dois minutos, quando deu trabalho ao goleiro equatoriano Domínguez, em uma trama que também envolveu Paredes e Lautaro. Só que o lance foi quase uma exceção em uma atuação apagada da Argentina, que trocava passes em ritmo lento, facilitando a marcação do Equador, que ainda assustou em um contra-ataque, com a finalização de Estupiñán sendo defendida em dois tempos. Mas também foi o único lance relevante dos equatorianos na etapa final.

Até Messi pareceu "contaminado" pelo marasmo que se transformou o jogo, a ponto de só ter aparecido bem no segundo tempo aos 28 minutos, em um chute colocado. E depois nos acréscimos, quando ajeitou para De Paul dar a finalização mais perigosa da etapa final, mas que foi para fora. Muito pouco, mas suficiente para a Argentina iniciar a busca por uma vaga na Copa do Mundo de 2022 com uma vitória. "Sabíamos que ia ser complicado mas o importante é que ganhamos e agora temos de trabalhar para continuar a crescer", concluiu Messi.

Estadão
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