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Seleção da Costa Rica

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Defesa sólida e dificuldade na criação; veja pontos fortes e fracos da Costa Rica

21 jun 2018 - 08h02
(atualizado às 08h02)
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A Costa Rica entrou na Copa do Mundo da Rússia com esperanças de igualar o desempenho do último Mundial, onde fez a melhor campanha de sua história ao chegar às quartas de final. Porém, a derrota na estreia para a Sérvia brecou o ânimo dos costarriquenhos e evidenciou alguns problemas da equipe, que terá de vencer Brasil e Suíça caso queira se classificar para as oitavas de final.

O time comandado por Óscar Ramírez se classificou para a maior competição de futebol do planeta através do segundo lugar conquistado nas Eliminatórias da América Central e do Norte. Na trajetória continental, inclusive, a seleção só conheceu duas derrotas, uma para o Panamá e outra para o México. Ao todo, foram 11 vitórias, três empates e duas derrota, com 27 gols marcados e 10 sofridos.

Se o desempenho contra países de seu continente é bom, o mesmo não acontece contra seleções de mais tradição internacional. Em amistosos contra Espanha, Bélgica e Inglaterra, os costarriquenhos demonstraram dificuldades e saíram de campo derrotados em todas as oportunidades. Aliás, a goleada sofrida para os belgas gerou certa desconfiança da torcida em relação ao técnico, que disse após o jogo não conhecer o camisa 10 da seleção belga. Na partida, o camisa 10 dos belgas foi Eden Hazard, um dos principais jogadores do Chelsea, da Inglaterra.

Durante o ciclo de quatro anos entre o Mundial do Brasil e o da Rússia, a seleção costarriquenha passou por mudanças no comando técnico. Após o bom desempenho na Copa de 2014, Jorge Luís Pinto deixou a equipe, sendo substituído pelo ídolo Paulo Wanchope, que durou no cargo até agosto de 2015. Óscar Ramírez, que era auxiliar técnico até então, assumiu em seu lugar. A primeira mudança do novo treinador foi direcionada ao esquema tático, deixando o 4-5-1 de Wanchope e retornando ao 5-4-1 da grande campanha na Copa de 2014.

Outra característica do trabalho de Óscar Ramírez é a continuidade para os jogadores. Não por coincidência, apenas três jogadores têm menos de 20 partidas com a camisa da seleção. Dentro desse critério, a espinha dorsal do último mundial foi mantida, no entanto, quatro anos depois, os jogadores não têm o mesmo vigor físico.

Principal virtude dos costarriquenhos, a defesa conta com três atletas que foram titulares há quatros anos, no Brasil. Os remanescentes são os zagueiros Giancarlo González e Óscar Duarte, além do ala-direito Cristian Gamboa. O trio defensivo se junta ao outro zagueiro Johnny Acosta e o ala-esquerdo Francisco Calvo, caras novas nesse ciclo pré-Mundial da Rússia, formando uma linha de defesa com cinco atletas. Aliás, o lado esquerdo se tornou uma dor de cabeça para Óscar Ramírez. Matarrita, defensor pelo setor, sofreu uma lesão muscular e foi cortado a três dias do início do Mundial.

A dupla de volantes é composta por Celso Borges e David Guzmán, que são fortes fisicamente, mas fracos tecnicamente, comprometendo a qualidade da saída de bola. A partir disso, surge a dificuldade da Costa Rica na criação de jogadas trabalhadas fazendo com que o time abuse das ligações diretas e foque apenas em contra-atacar o adversário. O terceiro homem de meio campo é uma incógnita. O veterano Christian Bolaños fraturou o tornozelo e se recuperou pouco antes do começo do torneio. Sem ritmo, o jogador do Deportivo Saprissa, principal clube da Costa Rica, ficou na reserva no primeiro jogo. O atacante Venegas foi recuado e atuou como titular diante da Sérvia.

Na parte ofensiva do meio de campo, o respiro técnico: Bryan Ruiz. O jogador do Sporting tem liberdade para flutuar por todos os setores e apoiar o ataque, uma vez que serve de saída para um ponto fraco da equipe: a falta de um centroavante matador. Urenã foi o titular na maioria dos jogos das Eliminatórias, no entanto, não tem como principal característica a finalização. O jogador do Los Angeles, da Liga Norte-Americana, funciona melhor como um passador do que um finalizador. Joe Campbell, outra opção para a posição, é mais um ponta do que um atacante de área.

Diante de um cenário pouco animador ofensivamente, os costarriquenhos devem seguir seu modelo de jogo baseado no contra-ataque e na ligação direta para enfrentar o Brasil. E caso algo dê errado no povoado sistema defensivo, Keylor Navas é a esperança. Campeão nas últimas três edições da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, o goleiro é o jogador de mais renome da seleção costarriquenha e terá de mostrar toda sua qualidade diante da seleção brasileira para repetir o feito de 2014 e deixar para trás um campeão mundial.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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