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CEO do Coritiba reclama de pressão e critica postura da torcida: "precisa apoiar"
Carlos Amodeo disse que não se incomoda com críticas e que torcedor do Coxa comemora demissões
Na última quinta-feira (9), completou um ano que a SAF adquiriu o Coritiba. De lá pra cá, a nova diretoria cometeu os mesmos erros que a Associação se deparava, com rebaixamento no Brasileirão, troca constante de treinadores (já está indo para o quarto nome), muitos reforços e pouco desempenho em campo.
Porém, para o o CEO do Coxa, Carlos Amodeo, o problema para o clube seguir nesta situação é que a torcida se preocupa mais em pressionar e cobrar do que incentivar. Em entrevista ao ge.globo, o dirigente disse que não se sente incomodado com as diversas críticas que recebe e diz que, pelo fato de o Alviverde estar há anos sem conquistar um título, os protestos dos torcedores sendo atendidos soam como conquistas.
"Eu avalio com absoluta tranquilidade essa pressão do torcedor e reconheço que existe uma situação especifica do torcedor do Coritiba, que não ganha títulos há muitos anos, não é neste último ano. O título do torcedor do Coritiba, nesta dinâmica de comportamento com a diretoria do clube, é quando consegue fazer valer a sua vontade, que é demitir um treinador, de cancelar um jogador, de demitir um executivo de futebol e assim por diante. Hoje, eu me sinto absolutamente tranquilo com a avaliação que eu tenho dos acionistas da companhia", afirmou ele.
CEO diz que pressão da torcida atrapalha o Coritiba
Apesar de, diante dos resultados ruins, o Coritiba atender aos pedidos da torcida, trocando peças justamente nos setores mais cobrados, Amodeo garantiu que essa pressão não interfere em nada no trabalho da diretoria, mas ressaltou que no dia a dia do elenco, tira a segurança de quem vai a campo, atrapalhando diretamente nos resultados.
"A pressão externa pode existir contra A, contra B, contra C, que o processo de tomada de decisão de gestão da SAF será conduzido de forma profissional, alheio a esse tipo de pressão. Pressão essa que gera uma insegurança no comando técnico, que reflete numa insegurança nos jogadores, que reflete no desempenho dentro de campo. Havia uma pressão muito forte com relação ao trabalho do Guto Ferreira. Nenhum de nós, nenhum de vocês e nenhum dos nossos torcedores ele se comporta de uma forma mais confiante, produtiva e consistente quando se está sob uma pressão muito forte", acrescentou o CEO.
Por fim, o dirigente pediu o apoio da torcida, seja para qualquer decisão tomada pela SAF. Caso contrário, a volta à elite do Brasileirão pode ser completamente prejudicada.
"É fundamental que a gente tenha a compreensão que para essa jornada que a gente tem de retorno para a Série A, se nós não tivermos o apoio incondicional do torcedor aos nossos atletas, aos nossos treinadores, sejam eles quem forem, e nós não criarmos um ambiente positivo entre torcida, atletas, comissão técnica e até mesmo diretoria, a nossa jornada de retorno à Série A será muito mais difícil", finalizou.
