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Sheik explica saída do Corinthians: 'Entendi que já não estava colaborando mais'

Ex-dirigente critica vazamento de notícias e boatos inverídicos durante os últimos dias

5 nov 2019 - 16h52
(atualizado às 16h52)
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Pouco mais de 10 meses depois de assumir um cargo diretivo no Corinthians, Emerson Sheik não é mais o coordenador de futebol do clube. Nesta terça-feira, o ex-atacante concedeu uma entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, em São Paulo, para explicar as razões de seu pedido de demissão, anunciado no dia anterior após a saída do técnico Fábio Carille. "Entendi que já não estava colaborando mais", afirmou, ao lado do diretor de futebol Duílio Monteiro Alves.

Nas últimas semanas, Emerson Sheik foi alvo de inúmeras críticas por parte de torcedores e jornalistas e sofreu uma enorme pressão interna no clube. O ex-atacante não gostou nem um pouco do vazamento de notícias que garante serem falsas sobre sua atuação no cargo. Desprestigiado pela diretoria corintiana, sentiu que era a hora de sair.

"Futebol tem uma cultura de que alguém tem que pagar a conta. Ouvi coisas sobre meu nome e isso me irritou bastante, pois tenho uma história linda no Corinthians como atleta. Tudo que saiu não foi verdadeiro. Posso garantir isso. Duílio está aqui. Se não, nem viria. Foram histórias criadas sei lá por quem. Chegou um ponto que torcedor veio ao CT pedindo minha saída", revelou o ídolo por conta dos títulos da Copa Libertadores e do Mundial de 2012.

Com a má fase do time em campo, os maiores protestos vieram de torcedores organizados. "Eu era um dos primeiros a chegar. São informações completamente erradas. Tem que buscar a verdade, não é justo, pessoas têm família. Não adianta dizer que chegou bêbado, as pessoas têm família. Não é legal, não é bacana. Talvez se eu tivesse aproximação maior, não sei... Mas fica um apelo para checar a informação. Me incomodou. São pessoas sérias e comprometidas com o Corinthians", comentou.

"O que saiu não é verdade. Não fiz. Me incomodou as cobranças da torcida com faixas. Fiz o que pude, sempre fui próximo do Duílio, Andrés (Sanchez, presidente) e Fábio (Carille). Tentávamos arranjar jeito das coisas melhorarem. Tentei ajudar e não conseguir. Não quero atrapalhar. Uma vez que as pessoas criam essas situações, vejo que minha presença não vai agregar, então prefiro me retirar", disse Sheik.

O ex-atacante garante que aprendeu muito neste período na diretoria do Corinthians. "A ideia de vir aqui hoje (terça-feira) é para agradecer não só os 11 meses de participação na diretoria do Corinthians que, para mim, é a maior do Brasil, mas também para agradecer o encerramento da minha carreira e na sequência assumir um cargo tão desejado. Foi uma baita experiência. 11 meses como coordenador de futebol certamente aprendi mais do que como jogador de futebol em duas décadas. Saio com experiência maior, projetos novos, desejando tudo de melhor para o clube sempre", completou.

Estadão
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