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Arena Corinthians: lembre problemas do estádio mais polêmico

9 mai 2014 - 21h00
(atualizado às 21h27)
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Vista aérea da Arena Corinthians, que nesta quinta recebe a presidente Dilma Rousseff
Vista aérea da Arena Corinthians, que nesta quinta recebe a presidente Dilma Rousseff
Foto: Reuters

A Arena da Baixada atrasou, o Maracanã foi muito alterado, diversos "elefantes brancos" foram construídos pelo Brasil, mas nenhum estádio da Copa do Mundo 2014 causou mais "problemas" que a Arena Corinthians.

O estádio, construído em cerca de quatro anos, teve dramas que pertubam até agora. A maioria nem foi resolvido até o momento. Mesmo assim acontecerá, neste sábado, um evento-teste de inauguração em Itaquera.

Só a escolha da Arena Corinthians como sede paulista já foi polêmica: quando sequer estava projetado, o estádio superou Morumbi, Allianz Parque e Pacaembu como concorrentes para receber o Mundial em São Paulo. A decisão aconteceu no final de 2010 e, a partir de então, o Corinthians e a construtora Odebrecht tiveram que lidar com uma série de entraves. Relembre agora os principais:

Liberação de bebidas alcólicas

Sempre foi uma questão nacional, mas Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e articulador da Arena, foi um dos principais defensores da liberação. "Não se pode proibir bebidas no estádio de futebol. No Carnaval só há bebida. No rodeio só há bebida. Em todo lugar no Brasil tem bebida, só no estádio que não", protestou.

Com apoio político forte de São Paulo, a lei federal 12.663, de 5 de junho de 2012, acabou com a proibição de bebidas alcólicas durante a Copa. O prefeito Fernando Haddad alterou recentemente duas leis municipais para atender a ordem federal, ou seja, vai ter cerveja na Arena Corinthians.

Veja como foi o primeiro jogo na Arena Corinthians:
Dutos da Petrobras

Assim que começou a investigar o terreno de construção da Arena, a Odebrecht já descobriu dois dutos da Transpetro que passavam sob as obras. Era preciso reposicioná-los, o que começou no final de 2011, mas só terminou em março de 2012. Foi a primeira dificuldade real das obras e isso já mostrou que haveria atraso.

Orçamento

Desde que foi anunciado como estádio paulista para a Copa, já houve um grande mistério sobre o orçamento. O primeiro problema foi o aumento de cadeiras, o que era necessário para receber a abertura da Copa. Só isso já causou um aumento no orçamento, que passou a ser dividido entre verbas da construtora, de incentivo fiscal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento).

Depois que novos atrasos aconteceram, o orçamento aumentou mais. Em abril, ele atingiu R$ 1,1 bilhão, sendo que a conta inicial era de R$ 820 milhões. Por fim, um atraso no dinheiro do BNDES ainda obrigou o Corinthians a buscar recurso em outros bancos, o que aumentou os juros da dívida.

Naming rights

Como se chamará o estádio do Corinthians? Até agora esse problema não foi resolvido. Os dirigentes não aceitam que chamem o local de "Itaquerão" ou "Fielzão". Mas na prática estes nomes já estão firmados na memória popular, o que dificulta a negociação com empresas que queiram vincular seu nome à arena.

A missão foi assumida por Andrés Sanchez, que já viajou para Abu Dhabi a fim de negociar com as companhias aéreas Emirates e Etihad. Não funcionou. Também foi especulado que a Kalunga cogitou pagar para nomear o estádio, mas a exigência é alta: R$ 400 milhões. O valor elevado e a popularização de nomes não-oficiais emperra as negociações para a definição dos naming rights.

Atrasos e críticas

Era inevitável: a população, que em sua maioria já não era favorável a realização da Copa do Mundo, se revoltou com a construção tão cara da Arena Corinthians, na qual foi envolvido dinheiro público, contrariando promessas de políticos. Diversos protestos aconteceram desde 2011 e houve até invasão de sem-tetos no local.

Outro problema foi o excesso de críticas da Fifa. E não era à toa: em 2012, a Odebrecht cogitou entregar o estádio com antecipação no mês de setembro de 2013. Até agora, restando quase um mês para a Copa, ele não está 100% pronto. Foi um atraso de oito meses que custou caro, em todos sentidos, para a Arena Corinthians.

Acidentes

Todos os problemas citados acima foram graves, mas o pior ainda estava por vir: três mortes de operários ocorreram durante as obras da Arena Corinthians. Em novembro de 2013, um guindaste desabou, quebrou estruturas e matou duas pessoas. Até agora não há uma conclusão sobre o caso, principalmente porque a caixa preta do guindaste foi levada para a Alemanha, de onde a construtora alegou que não havia informações no aparelho.

Depois desse acidente, as obras demoraram para retomar, mas houve promessa de conclusão para 15 de abril. Porém, outra tragédia aconteceu: um operário caiu das arquibancadas provisórias e morreu no hospital. A tragédia aumentou a gravidade da série de controvérsias e consolidou a Arena Corinthians como o estádio mais polêmico da Copa 2014.

Fonte: Terra
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