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Com prêmios de R$ 4 mi, Street League vira "monstro" nos X Games

21 abr 2013 - 07h31
(atualizado às 07h34)
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Ryan Sheckler é um dos destaques da Street League
Ryan Sheckler é um dos destaques da Street League
Foto: Mauro Pimentel / Terra

De uma só vez, após pouco mais de uma hora e 30 minutos andando de skate, Nyjah Huston embolsou US$ 100 mil (R$ 200 mil) na tarde de sábado, em Foz do Iguaçu. Estrela americana do skate, ele venceu a primeira etapa da Street League, que este ano passou a integrar o programa dos X Games. O acordo elevou ainda mais o status do campeonato, transformando-o em um “monstro” sem paralelos na modalidade.

Criada em 2010 pelo skatista e empresário Rob Dyrdek, a Street League tem concepção quase paradoxal: leva a prática das ruas, a mais popular da modalidade, para arenas. Skatistas que antes só eram vistos em filmagens e demos, agora competem com transmissão para 198 países. Em vez de pistas grandiosas, os obstáculos são puramente urbanos: corrimões, escadas, quinas, hidrantes, valas e o mínimo possível de rampas “artificiais”. O acordo com os X Games só deixa tudo ainda maior.

“Agora que os dois estão juntos, é um monstro. É o melhor dos dois mundos. Parece que está funcionando”, afirmou Ryan Sheckler, um dos 20 skatistas contratados por Dyrdek para compor a elite. A cada etapa, outros dez nomes se misturam a cinco locais para brigar por apenas uma vaga na disputa. Ao final da temporada, os dois mais bem ranqueados poderão assinar contrato para a Street League 2014.

Além do acordo com os X Games, o liga fez acordo com a Nike para 2013 e tem criado um verdadeiro nicho de mercado, com fantasy games, produtos licenciados e uma estrutura na qual, a cada parada, uma pista de concreto é montada do nada apenas para o evento. Até 2012, a Street League tinha apenas quatro etapas. Este ano, serão sete, três delas fora dos Estados Unidos. Isso tudo animou muito os competidores.

“Qualquer coisa que ajude a expandir o skate no mundo é um bom para nós. Com o alcance dos X Games, a TV, os fãs, é incrível fazer parte de um mundo como esse”, disse Sean Malto, prata em Foz do Iguaçu. “Eu acho incrível, simplesmente porque vamos alcançar mais gente”, resumiu Nyjah. Em 2012, ele se sagrou campeão, e já é favorito mais uma vez. Os oito melhores poderão disputar a última etapa, em Newark, em 25 de agosto, pelo título e o prêmio de US$ 200 milhões (R$ 400 milhões).

Dinheiro é apenas um plus

“O dinheiro é apenas um plus para te ajudar a ganhar. Mas eu diria que não há sentimento melhor do que perceber que você conseguiu fazer o que queria com o seu skate”, discursou Nyjah, que se mantiver o ritmo e vencer todas as etapas, embolsará mais de US$ 2 milhões (R$ 4 milhões). O lado financeiro é um dos mais exaltados pela própria Street League: essa seria a maior premiação da história da modalidade.

“Se olharmos bem, estamos no Brasil andando por US$ 100 mil. Não é pouco. Todos estamos tentando ganhar, é claro. Mas também há o prazer de ter uma medalha de X Games na sua coleção”, minimizou Malto, que se impressionou com a presença do público na arena em Foz do Iguaçu. Principalmente pelo apoio incondicional a Luan de Oliveira, que competiu com camisa da Seleção Brasileira. Foi o primeiro frisson do ano, e o aspecto global deve a ampliar isso nas próximas etapas.

Se há algo que os skatistas tentaram enfatizar no Brasil é: estão promovendo o lado mais puro da modalidade. “É das ruas para a liga. É tudo natural. Tudo o que você viu Nijah fazer na pista, ele faz nas ruas. O difícil é trazer para as competições e acertar de primeira, mas isso ajuda o seu street skating, que é o verdadeiro foco para as nossas carreiras”, disse Torey Pudwill, bronze no Brasil.

A reportagem viajou a convite da Oakley

Fonte: Terra
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