LDU acaba com o sonho de título internacional do Fortaleza
Tricolor cearense amarga vice-campeonato da Conmebol Sul-Americana depois de bela trajetória na competição
Um final infeliz. A derrota na disputa de pênaltis para a equipe da LDU, por 4 a 3, foi um banho de água gelada para o Leão do Pici. Depois de uma campanha quase irretocável, com apenas uma derrota para o Estudiantes de Mérida, da Venezuela, em 13 jogos, o Fortaleza não conseguiu o título da competição. Empatou no tempo normal em 1 a 1, gols de Lucero (para os cearenses) e Alzugaray (para os equatorianos). Teve bons momentos no jogo, mas também demonstrou cautela demais em alguns períodos.
Olhem como o Fortaleza foi bem na Sul-Americana. Na fase de grupos, somou 15 pontos, com cinco vitórias. Na fase final, venceu quatro e empatou duas. O Tricolor não merecia essa dor. O técnico Juan Pablo Vojvoda, de 48 anos, foi o diferencial nos bastidores do clube. O argentino fez o time nordestino brilhar com nomes que nunca foram badalados.
O meio-campo, formado por Caio Alexandre, em grande fase, Zé Welison, que encontrou no Fortaleza um estilo de jogo diferenciado, e Pochettino, competente na ligação meio-ataque, mostrou mobilidade, versatilidade e muita habilidade. Lucero se mostrou um artilheiro. Marinho voltou à fase do bom futebol com o comandante Vojvoda. Era um time equilibrado em todos os setores.
O futebol equatoriano vem demonstrando força na América do Sul, com a própria LDU bicampeã da Sul-Americana, e com o Independiente del Valle e uma filosofia única no mundo, com pensamentos voltados, ao mesmo tempo, para a formação dos jogadores dentro de campo e de cidadãos fora dele.
Mesmo com a evolução do futebol no Equador, o Fortaleza merecia esse título. Pois é. O futebol, às vezes, é triste. O futebol como a vida, por muitas vezes, é injusto.