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Os jogadores que mais renderam pela seleção nos primeiros jogos de Dorival

Apostas do treinador ganham pontos na corrida por uma vaga na convocação final para a Copa América

27 mar 2024 - 11h33
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Endrick e Paquetá foram protagonistas nos dois amistosos do Brasil
Endrick e Paquetá foram protagonistas nos dois amistosos do Brasil
Foto: Getty Images

Dorival Júnior definiu como positivo o saldo de seus dois primeiros jogos à frente da seleção. De fato, uma vitória contra a Inglaterra, em Wembley, e um empate com a Espanha, em Madri, após sair perdendo por 2 a 0, não são resultados desprezíveis, ainda mais diante de adversários do alto escalão do futebol europeu.

O primeiro tempo contra os espanhóis mostrou que ainda há muito trabalho a ser feito, tanto na defesa quanto no ataque. Mas é inegável que os amistosos deixam uma impressão positiva do Brasil, principalmente em comparação ao desempenho sofrível de 2023. E o melhor: sinalizam que algumas apostas do treinador podem render bons frutos.

Entre os jogadores que mais se destacaram, é inevitável citar Endrick, que, aos 17 anos, se tornou o quarto mais jovem da história a marcar pela seleção. Mesmo começando os dois jogos no banco de reservas, o atacante do Palmeiras provou que merece mais minutos e oportunidades na equipe principal, saindo da data-Fifa com dois gols, o último deles anotado no Santiago Bernabéu, sua futura casa a partir do meio do ano, quando se transfere para o Real Madrid.

Na defesa, em que pese a jornada mais complicada diante do rápido ataque espanhol, as escolhas de Dorival corresponderam às expectativas. Bento foi seguro em ambos os amistosos, Fabrício Bruno deu velocidade e poder de recuperação à zaga, Beraldo oscilou, mas qualificou bastante a saída de bola, e Wendell deu conta do recado nas investidas ao ataque pela esquerda.

Quem também ganha pontos é o experiente Danilo, sempre eficiente, porém cada vez mais importante na figura de liderança. Assumiu a braçadeira de capitão e provou que tem consciência da responsabilidade de ocupar o posto, tanto pelo tom correto da preleção antes do jogo contra a Inglaterra quanto pelo posicionamento firme sobre as condenações por estupro de Robinho e Daniel Alves, antigo companheiro e capitão do time.

De olho em uma vaga na convocação para a Copa América, que será disputada a partir de junho, os meias Andreas Pereira, participativo e lúcido ao sair duas vezes do banco, e Lucas Paquetá, que teve o retorno à seleção bancado por Dorival, largam em vantagem com o técnico. Outro que pode – e merece – ganhar mais espaço é o volante Douglas Luiz, que ajudou a equilibrar o meio-campo no segundo tempo contra a Espanha.

No ataque, embora ainda tenham potencial para render tanto quanto no Real Madrid, a dupla Vini Jr. e Rodrygo ostentam cadeiras cativas. Contudo, a alta concorrência, acirrada pela ascensão de Endrick, pode ameaçar o lugar de jogadores que estiveram na última Copa do Mundo, como Raphinha, burocrático nos dois jogos, apesar da titularidade, e Richarlison, que nem sequer entrou em campo.

Dorival já fez elogios a Vitor Roque, atacante do Barcelona com chances de ganhar nova oportunidade, e deve contar com a volta de Gabriel Martinelli, cortado por lesão, até a Copa América. Talentos à disposição não faltam. E a resposta dos convocados nesses primeiros testes indica que o técnico terá uma boa dor de cabeça para fechar a lista de escolhidos em sua estreia em torneio oficial pela seleção.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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