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Futebol cearense tenta protagonismo no Nordeste
A força do futebol do Nordeste sempre esteve em poder de Bahia e Pernambuco. Mas 2019 pode marcar uma ruptura nessa tradição. Respectivamente na 13ª e 14ª posição no Brasileiro, Ceará e Fortaleza estão à frente de Vasco, Cruzeiro e Fluminense na tabela e parecem preparados e dispostos a repetir em 2020 a façanha de reunir dois clubes cearenses na elite do futebol do País.
Campeão da Copa do Nordeste de 2019, o Fortaleza arrancou um empate heroico em jogo com o Atlético-MG, nesse domingo, fora de casa. Perdia por 2 a 0, igualou o placar e ainda se deu a ao luxo de ver seu goleiro, Felipe Aves, defender duas cobranças seguidas de pênalti nos minutos finais da partida. Na véspera (sábado, 20), o Ceará derrubou o líder Palmeiras com uma vitória incontestável por 2 a 0, no Castelão.
Não se tratam de resultados isolados. A campanha da dupla, notadamente quando detém o mando de campo, sinaliza que a possibilidade é real de o Estado do Ceará repetir o feito no próximo ano na Série A do Brasileiro.
Independentemente disso, o que se vê, em 2019, é que os cearenses deixaram para trás seus concorrentes baianos e pernambucanos. Entre os 20 clubes da principal competição do País, só há mais dois nordestinos: o Bahia e o CSA – que é candidato ao rebaixamento com antecedência. O Vitória, rival do Tricolor de Salvador, amarga hoje a zona da ‘degola’ da Série B, numa campanha que não condiz com sua história.
Outro nordestino de peso, o Sport, também figura na Segunda Divisão e ocupa um lugar intermediário – a 8ª colocação, duas à frente do CRB-AL. Já os outros grandes da região estão mais abaixo ainda. Santa Cruz e Náutico lutam por um lugar ao sol na Série C, onde, por sinal, o Ferroviário, do Ceará, está mais bem situado que ambos, e o América-RN não conseguiu sequer avançar na Série D.
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