PUBLICIDADE
Logo do Seleção Brasileira

Seleção Brasileira

Favoritar Time

Seleção vira vitrine para protestos, mas é alvo secundário

Gritos de manifestantes aproveitam holofotes na Seleção contestam altos gastos com Copa e pedem melhorias sociais, mas apenas resvalam em temas futebolísticos

27 mai 2014 - 07h51
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Brasil deve conviver com protestos mesmo sem ser alvo principal</p>
Brasil deve conviver com protestos mesmo sem ser alvo principal
Foto: Futura Press

Se a intensidade dos protestos durante a Copa do Mundo vai atingir o mesmo patamar da Copa das Confederações ainda é muito cedo para prever. Mas não existem dúvidas de que a Seleção Brasileira conviverá com os mais diversos tipos de reivindicações em sua porta. Com mais de mil jornalistas seguindo seus passos e grande parte dos holofotes apontados em sua direção, a preparação do time é a vitrine ideal para os mais variados tipos de manifestantes, mesmo aqueles que têm o futebol fora de foco.

Logo no primeiro dia de trabalho para a Copa do Mundo a Seleção já se deparou com a situação. Em frente ao hotel de apresentação de jogadores no Rio de Janeiro cerca de 200 manifestantes cercaram o ônibus e colaram adesivos de protesto na lataria. Na chegada à Granja Comary o contingente foi menor, mas barulhento com gritos contra a Copa. Mais tarde, enquanto o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira dizia que era hora de falar de futebol, um grupo de 20 pessoas furou um bloqueio e chegou perto da entrada da concentração brasileira.

A a maioria dos manifestantes era ligada a sindicato de professores e empunhou como principal bandeira a falta de verba para educação. “Um professor ganha menos que o Neymar”, gritavam, em meio a críticas aos altos gastos com a Copa do Mundo. Mas no decorrer da caminhada em busca do hexacampeonato outras tantas causas devem ser reivindicadas nas portas de treinos e concentrações da Seleção.

Parreira fala sobre protestos durante 1° dia de preparação:

Foi assim na Copa das Confederações, antes mesmo de a onda de manifestações ganhar volume e arrastar milhões de pessoas às ruas de várias cidades brasileiras. No período de preparação em Goiânia, por exemplo, um grupo foi até a porta do hotel da Seleção para pedir a realização de concursos. Já uma greve da Polícia Federal do Goiás pretendia fazer bloqueio na estrada que liga Goiânia a Brasília e forçou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a trocar a viagem de ônibus para avião.

Granja será porto seguro

A escolha da Granja Comary para receber a Seleção na preparação para a Copa é anterior ao período de efervescência nas ruas, mas caiu como uma luva para resguardar o time. O Brasil sairá da toca apenas para amistosos e jogos e contará com uma megaestrutura de segurança em Teresópolis.

A primeira saída será no próximo domingo para o amistoso em Goiânia contra o Panamá. Nos dois dias que passará na cidade, a Seleção fará o único treino aberto previsto na preparação e ficará mais exposta ao ocupar um hotel sem exclusividade. O mesmo ocorrerá em São Paulo, antes do amistoso contra a Sérvia no dia 6 de junho.

Veja protesto em chegada da Seleção na Granja Comary:

Nas viagens para jogos da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira passará a seguir protocolos da Fifa que ajudarão a manter protestos de longe. Os embarques e desembarques serão obrigatoriamente feitos diretamente na pista, assim como haverá mais rigidez na segurança nas imediações dos hotéis.

Seleção muitas vezes não é alvo

Apesar do cuidado da CBF em manter os protestos afastados, poucos têm a Seleção ou o futebol como principal foco. Os gastos para a realização de uma Copa do Mundo são elementos comuns das últimas manifestações.

Apesar de alguns gritos de Argentina no Rio de Janeiro, nem sempre o clima significa torcida contra a Seleção. “Eu nunca liguei muito para Seleção. Não tem o que separar. Para mim tanto faz”, afirmou o estudante Luan Viana, que gritava por mais educação nas portas da Granja Comary.

Um dos temas atuais que poderiam atingir diretamente a CBF, nem mesmo o Bom Senso FC foi lembrado nas manifestações de segunda-feira. No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff se encontrou com líderes do movimento que buscam melhorar o futebol nacional, nenhuma palavra de apoio foi proferida durante os protestos nas portas da Seleção.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade