"Rodado" com Dunga, Coutinho não lembra nem da Copa de 2002
Dos oito jogadores de frente convocados por Dunga para o amistoso da Seleção Brasileira contra a Turquia, nesta quarta-feira, em Istambul, Philippe Coutinho é o quarto mais experiente com a camisa amarela. Além das constantes passagens por Seleções de base, ele tem quatro partidas disputadas com a equipe principal – só fica atrás de Neymar (58), Oscar (42) e Willian (16), trio que esteve na disputa da última Copa do Mundo. Mas o meia do Liverpool, 22 anos, não se vê entre os veteranos do grupo.
Vai participar do trote nos jogadores que defendem a Seleção pela primeira vez, como os outros quatro atletas ofensivos (Roberto Firmino, Douglas Costa, Talisca e Luiz Adriano)? "Ainda não, isso é com o pessoal mais velho. Estou chegando também", diz Coutinho, meio sem graça.
A timidez pode ter sido um dos fatores que fez com que ele demorasse a engrenar no futebol europeu. Promissor, mas inconstante em três temporadas na Inter de Milão, foi só no Liverpool, no ano passado, que o meia de dribles curtos e passes precisos finalmente deslanchou. Já havia uma corrente pedindo por sua convocação por Felipão para a Copa de 2014, e agora Coutinho parece ter agradado Dunga, que o chamou pela terceira vez.
"Estou mais preparado, mais confiante. Na Europa o que mais muda é isso, ficar um pouco mais rodado. A parte tática também é um pouco diferente, no Liverpool o jogo é muito intenso, o treinador cobra bastante de estar todo mundo atrás da linha da bola, se dedicando à marcação. Isso é diferente do Brasil", explica o jogador.
Uma situação ilustra bem a situação atual da Seleção, repleta de novidades buscando seu espaço. Apesar de ser um dos atletas ofensivos mais experientes, Coutinho sequer se lembra da Copa do Mundo de 2002, quando o Brasil conquistou seu último título mundial e venceu por duas vezes a Turquia, adversário desta quarta-feira.
"Na verdade eu não me lembro muito, era bem novo (tinha 10 anos). Lembro que assistia bastante ao Ronaldo jogando, ele foi meu grande ídolo... mas de resto lembro pouco", diz o meia. Quem sabe depois do amistoso ele não tenha uma lembrança mais nítida sobre os turcos – o primeiro gol com a camisa da Seleção, por exemplo, seria uma boa escolha.