Neymar responde a "porradas" com golaço e comprova liderança

Neymar não é um capitão comum. Não grita demais com os companheiros, não pede mudanças táticas ao time e nem cobra mais raça. Ganhou a braçadeira por ser um líder técnico, principal referência dentro de campo e grande esperança da Seleção Brasileira. Nesta sexta-feira, ele provou que isso basta para justificar a escolha de Dunga: com um golaço de falta, que decidiu a vitória por 1 a 0 contra a Colômbia, Neymar mostrou que merece mesmo ser o capitão de uma equipe tão carente de outros líderes.

Mas a missão de Neymar não foi fácil. Ele precisou superar as "porradas" em mais um jogo violento contra a Colômbia. Não é preciso fazer muito esforço para lembrar: nas quartas de final da Copa, após apanhar muito, Neymar recebeu uma dura joelhada por trás, feita por Camilo Zuñiga, e por isso saiu do Mundial. Dessa vez as "porradas" se repetiram, mas o final foi diferente: após Zapata cometer falta aos 38min, o atacante chamou a responsabilidade e cobrou com perfeição. Elias deu um um pequeno empurrão na barreira e assim a bola ficou livre para entrar no ângulo. Um golaço.

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Para Neymar o duelo contra o passado começou mais cedo do que ele esperava: como Zuñiga foi capitão, os dois se encontraram para o "cara ou coroa" antes do jogo. Houve um cumprimento bastante amigável, inclusive com um abraço e conversa no pé do ouvido.

Quando o jogo começou, nenhum dos dois aliviou. Aos 34min, por exemplo, Neymar fez falta em Zuñiga. Apenas dois minutos, o colombiano devolveu e acabou recebendo um cartão amarelo. Era só uma demonstração de como Neymar iria usar a violência colombiana a seu favor.

Foi ele que causou a expulsão de Cuadrado. Com apenas 12min de jogo, o meia colombiano deu um toque por trás em Neymar, que rolou bastante e gritou. O juiz deu o amarelo sem pensar duas vezes. Logo no começo do segundo tempo, a cena se repetiu: Cuadrado fez falta em Neymar e acabou expulso pela segunda advertência. O jogo começou a mudar ali, pois antes estava bastante equilibrado.

A atuação de Neymar não tinha sido tão boa: antes de decidir o jogo, ele perdeu dois gols. Primeiro após tabela com Maicon, chutando para fora. Depois em tabela com Willian, que o deixou de frente para o gol, mas Ospina fez grande defesa.

Mas isso está esquecido: o que estará escrito na história é que Neymar ganhou o duelo contra Zuñiga, a Colômbia e a violência. Novamente seu futebol foi a melhor forma de responder aos pontapés e porradas.