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Ex-gordinho e quase invencível: conheça o novo nº 1 de Dunga

15 nov 2014 - 09h00
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<p>Oito jogos, só um gol sofrido: Diego Alves tem média excepcional na Seleção</p>
Oito jogos, só um gol sofrido: Diego Alves tem média excepcional na Seleção
Foto: Rafael Ribeiro / CBF/Divulgação

Responda rápido: que goleiro, em oito jogos pela Seleção Brasileira, só sofreu um gol? Se você disse Diego Alves, parabéns pelo acerto. Mas provavelmente você pertence a uma minoria. O jogador de 29 anos, revelado pelo Atlético-MG em 2004, ainda é um nome pouco conhecido de grande parte do público brasileiro, mas tem mostrado sempre que entra em campo com a camisa da equipe nacional que vale a pena o torcedor saber mais sobre ele.

Diego é destaque na Europa desde 2007, quando saiu do Brasil após uma grande temporada no Atlético-MG para defender o pequeno Almería, que fazia sua estreia na primeira divisão espanhola. Contratado para ser reserva, logo "roubou" a titularidade do espanhol Cobeño e ajudou o time a terminar em uma louvável oitava colocação. Foram quatro ótimos anos no clube da Andaluzia, até chamar atenção do Valencia em 2011. Destacou-se também como pegador de pênaltis: praticamente metade das cobranças contra ele não entram.

Para o goleiro, ter jogado tão pouco tempo no Brasil não prejudica suas chances na Seleção. "Acho que não afeta hoje em dia. Comecei no Atlético-MG, estive um ano jogando lá, a partir daí procurei crescer na Europa, fui para o Almería, fiquei lá quatro anos, e comecei a crescer. Acho que em todo lugar em que você estiver bem, está sendo observado, independente de ser Brasil ou Europa, e desde a época do Almería o Dunga já vem me observando", disse o atleta.

Os jogos de Diego Alves na Seleção
Data Partida Técnico
10/11/11 Brasil 2 x 0 Gabão Mano
14/11/11 Brasil 2 x 0 Egito Mano
07/09/12 Brasil 1 x 0 África do Sul Mano
10/09/12 Brasil 8 x 0 China Mano
11/10/12 Brasil 6 x 0 Iraque Mano
16/10/12 Brasil 4 x 0 Japão Mano
14/11/12 Brasil 1 x 1 Colômbia Mano
12/11/14 Brasil 4 x 0 Turquia Dunga

De fato, Dunga chamou Diego pela primeira vez na preparação para os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim. Mas ele só foi estrear em novembro de 2011, com Mano Menezes, em um amistoso contra o Gabão (vitória por 2 a 0). Desde então, foram oito jogos com apenas um gol sofrido (empate por 1 a 1 com a Colômbia, em 2012), dando a ele a condição de "quase invencível" pela Seleção. Havia sido seu último jogo pela equipe verde-amarela até a vitória por 4 a 0 sobre a Turquia na última quarta-feira.

"A gente está em um momento em que o Dunga está aproveitando para conhecer mais nos jogos, e cada jogador que entra tem que mostrar serviço. O pensamento é sempre de manter o nível, o Jefferson vinha fazendo partidas boas, então sempre tem essa responsabilidade. Mas antes, quando estive jogando com o Mano, tive uma sequência boa de vitórias, de não tomar gols, então já é uma coisa com que a gente vem se acostumando na Seleção", reconheceu Diego.

E pensar que, na infância, o carioca que hoje tem 1,85 m tinha problemas com o peso. Segundo conta Diego Alves, um problema de paralisia o obrigou a usar medicamentos que tornavam difícil entrar em forma. Para um garoto que sempre quis ser goleiro, como ele mesmo conta, era um obstáculo que precisava ser superado.

"Quando você é pequeno, às vezes você passa por esse tipo de transformação. Também tive um problema de paralisia facial e passei por um tratamento à base de corticoide, isso facilitou para que eu ganhasse bastante peso. Mas depois fui crescendo, perdendo peso, foi normal", resumiu.

Duas décadas depois, está na hora de crescer de novo. Desta vez, mirando uma vaga permanente no grupo da Seleção, para tentar chega à Copa do Mundo de 2018 – e, quem sabe, mantendo a espetacular média de gols sofridos na meta brasileira. "Na Seleção, é a cada jogo, a cada partida, tem que mostrar que está em condição de servir. A responsabilidade que a gente leva por ser goleiro é muito grande, mas acredito também que estou preparado para sentir esse tipo de pressão".

Fonte: Terra
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