Brasil x Suíça: listamos 5 segredos do próximo adversário da Seleção

Por: Lance / Lance!

27 nov 2022 - 21h33

(atualizado às 21h38)

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Após vencer a Sérvia por 2 a 0, a Seleção Brasileira tem mais um adversário europeu pela frente no caminho do Hexa: a Suíça. Ao contrário de outras Copas, o 'ferrolho' não é mais a sua principal marca, e sim o equilíbrio: atacar e defender com a mesma intensidade e organização. Essa mudança de estilo tem rendido frutos nos últimos anos e a seleção de Embolo, Shaqiri e Xhaka já se coloca como grande favorita a passar de fase após a vitória na primeira rodada. O LANCE! analisou alguns dos principais jogos da adversária do Brasil e traz cinco características do adversário que o Brasil deve ficar atento.
Foto: Montagem / Lance / Lance!
SEGREDO 1 - Organização tática: A Suíça tem um desenho muito bem definido em campo: joga no 4-1-4-1, sem grandes variações. Sua principal virtude está nas ideias bem definidas para atacar e defender, como veremos na sequência. O treinador Murat Yakin deve mandar a seguinte escalação: Sommer; Widmer, Akanji, Elvedi e Ricardo Rodríguez; Freuler, Xhaka, Shaqiri, Sow e Rubén Vargas; Embolo.
Foto: Arte: LANCE! / Lance!
SEGREDO 2 - Marcação por zona: a seleção suíça tem como principal referência de marcação o espaço, ou seja, a defesa se movimenta com a intenção de proteger determinadas regiões do campo, independente da presença ou não de adversários. O desenho é o já citado 4-1-4-1.
Foto: Reprodução / Lance!
O time costuma marcar no chamado 'bloco médio', ou seja, com a primeira linha de marcação postada entre o meio de campo e a intermediária de ataque. Contra adversárias mais fracas, como Camarões, a Suíça até sobe suas linhas e tenta sufocar a saída do adversário, mas isso não deve ocorrer contra o Brasil.
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Marcar 'por zona' não significa que os defensores marcarão à distância. Quem estiver mais próximo da bola, tem a função de evitar um passe ou finalização, além de tirar as opções mais próximas do adversário. para que isso funcione, o time deve se manter compacto. Essa compactação deve congestionar o lado da bola e deixar atacantes livres no lado oposto.
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uma alternativa para a Seleção Brasileira está nas inversões rápidas de bola: atrair o adversário para um lado do campo e depois buscar o lado oposto com superioridade numérica. Raphinha e Vinícius Júnior podem se destacar ao receber passes nessas condições.
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Caso a inversão de bola não seja rápida o suficiente, a seleção suíça acompanha a bola de forma muito organizada para proteger o corredor vulnerável.
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Mais uma vez, o 4-1-4-1 se forma e o time busca compactar no setor da bola.
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Uma das poucas variações possíveis na seleção suíça ocorreu no amistoso contra a Inglaterra, realizado em março deste ano. Como a Inglaterra jogava com três zagueiros, a adversária do brasil mudou seu sistema para um 4-4-2.
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A intenção na mudança seria colocar mais um jogador para pressionar a saída Inglesa, aliviando assim a superioridade numérica - no sistema original, seriam 3 zagueiros contra 1 atacante; após a mudança, virou um confronto entre 3 zagueiros e 2 atacantes. Com a provável escalação de Militão no lugar de Danilo, a equipe de Tite pode se deparar com um cenário semelhante ao da imagem: os laterais da Suíça precisando quebrar a linha de defesa para marcar as pontas.
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SEGREDO 3 - Construção com o volante: O 4-1-4-1 da Suíça é rígido a ponto de ser o mesmo desenho para atacar e defender. no momento de iniciar a jogada, Xhaka é o grande articulador da equipe no meio de campo, atuando como primeiro volante
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Vale destacar o triângulo formado no meio, com os dois meias (Freuler e Sow) esperando passes atrás das costas dos volantes adversários. A opção por Fred pode passar principalmente por esse detalhe n momento defensivo do Brasil.
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O autor do gol suíço na primeira rodada, Embolo, também aparece por essa região. Apesar de ser o centroavante da equipe, ele não fica preso entre os zagueiros durante todo o tempo e costuma se apresentar para receber passes.
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Muitas vezes, esses passes chegam diretamente dos zagueiros. Habilidoso, Embolo também consegue girar rapidamente e acelerar os ataques Suíços.
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Outro detalhe é que a aproximação de Embolo gera espaço na defesa para a infiltração dos meias e pontas (Shaqiri e Rubén Vargas).
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SEGREDO 4 - Verticalidade: os suíços gostam de ter a bola no pé, se organizam para isso. Mas tambpem não fazem muita questão de ter a posse de bola por longos períodos. Sempre que um dos meias recebe essa bola sem pressão, essa bola é enfiada o mais rápido possível.
Foto: Reprodução / Lance!
O passe sempre busca as costas da defesa, nunca é uma disputa entre defensores e atacantes. O 'sinal' para que o passe seja colocado é o movimento dos meias e atacantes, sempre buscando as costas da defesa adversária.
Foto: Reprodução / Lance!
Essa bola esticada por vir tanto dos zagueiros e laterais quanto dos meias e pontas. Do lado direito, Shaqiri é um dos jogadores que mais tenta essa jogada, por sua qualidade de passe e habilidade para limpar lances através de dribles curtos.
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A chegada dos pontas, aliado à infiltração dos meias e às ultrapassagens dos laterais, fazem com que a Suíça tenha um bloco de quatro ou cinco jogadores tentando infiltrar na defesa adversária, sobrecarregando os defensores.
Foto: Reprodução / Lance!
SEGREDO 5 - Triangulações: por fim, a seleção da Suíça tem estratégias para mover a defesa adversária e gerar espaço para as já faladas infiltrações. A principal dessas estratégias é a triangulação entre meia, ponta e lateral.
Foto: Reprodução / Lance!
Quando o lateral recebe o passe no início da jogada, o ponta e o meia se aproximam da bola, na tentativa de atrair um marcador.
Foto: Reprodução / Lance!
Geralmente, quem faz o movimento mais flagrante é o ponta, que sempre arrasta o lateral adversário junto consigo e provoca uma 'quebra' na linha de defesa adversária. Cabe então aos meias fazer a leitura: é hora da infiltração ou o jogador que tem a bola precisa de uma opção de passe?
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Quando o adversário decide sufocar a saída de bola da Suíça, a mesma triangulação ocorre, com um movimento mais intenso ainda do ponta, mas em uma posição diferente do campo.
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Precisando criar espaço para sair da pressão, os laterais abrem todo o campo e os pontas aparecem por dentro, para ajudar os meias como opção de passe.
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Acostumada a enfrentar grandes seleções ao longo do último ciclo, a Suíça mandou a Itália para a repescagem do Mundial nas eliminatórias europeias. O próximo adversário do Brasil também enfrentou Espanha e Portugal na atual edição da Liga de Nações da UEFA, conquistando uma vitória em dois jogos contra cada adversário. além do amistoso já citado contra a Inglaterra.
Foto: STEFAN WERMUTH / AFP / Lance!

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