Bahia fatura R$ 109 milhões com venda de Lucho Rodríguez; marca recorde no Nordeste
Mesmo após a venda, o Bahia mantém 25% dos direitos do atleta em uma futura transação, o que pode aumentar ainda mais o retorno financeiro do investimento.
Em pouco mais de um ano, Luciano Rodríguez entrou para a história do Esporte Clube Bahia e do futebol do Nordeste. Aos 22 anos, o atacante uruguaio não só conquistou títulos com a camisa tricolor, como também protagonizou a maior transação financeira já realizada por um clube da região: vendido ao futebol saudita por R$ 139 milhões, o jogador garantiu ao Bahia um faturamento de R$ 109 milhões líquidos — um marco sem precedentes.
Lucho, como é carinhosamente chamado pela torcida, chegou a Salvador em julho de 2024. À época, foi a contratação mais cara de um clube nordestino, custando cerca de R$ 65 milhões por 70% dos seus direitos econômicos. Dentro de campo, rapidamente se tornou peça fundamental: foram 69 partidas disputadas, 20 gols marcados, 3 assistências e dois títulos conquistados — o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste de 2025.
O gol na decisão da Copa do Nordeste, aliás, foi um símbolo do que Lucho representa: entrega, técnica e protagonismo em momentos decisivos. Era apenas o início de uma trajetória que ganharia proporções gigantescas.
Agora, pouco mais de um ano depois, o atacante é negociado com o Neom SC, da Arábia Saudita, por um valor que transformará o futuro financeiro do Bahia. A proposta inclui R$ 126 milhões pagos à vista e mais R$ 12 milhões em bônus por metas alcançadas. A venda corresponde a aproximadamente 27% de toda a receita orçamentária prevista pelo clube para o ano de 2025, o que demonstra o tamanho da negociação.
Mesmo após a venda, o Bahia mantém 25% dos direitos do atleta em uma futura transação, o que pode aumentar ainda mais o retorno financeiro do investimento. Já o clube uruguaio Liverpool, dono anterior de parte dos direitos do jogador, receberá uma fatia do lucro, conforme previsto contratualmente.
Mais do que um excelente negócio, a trajetória de Lucho no Bahia mostra como planejamento e investimento certeiro podem colocar clubes do Nordeste em outro patamar de competitividade. O futebol nordestino, por muitos anos à margem dos grandes centros do eixo sul-sudeste, agora começa a se destacar também no mercado internacional.
Luciano Rodríguez sai como ídolo e símbolo de uma nova era. Para o Bahia, fica o legado de um jogador que deixou sua marca dentro e fora de campo — com títulos, gols, lucro e, principalmente, respeito da torcida e do mercado.
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