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Punições à vista? Unidades de potência preocupam equipes na F1

Dos quatro fabricantes de unidades de potência, três já tiveram quebras de componentes nesse início de temporada. Classificações preocupam

18 abr 2023 - 05h30
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Gestão das unidades de potência é um dos grandes desafios da temporada
Gestão das unidades de potência é um dos grandes desafios da temporada
Foto: Pirelli Motorsport / Twitter

Em uma Fórmula 1 que busca cada vez eficiência e com o orçamento das equipes mais e mais limitado, a confiabilidade é uma preocupação crescente. Para cumprir o regulamento, um carro pode utilizar apenas três motores ao longo da temporada. Isso significa que, em tese, o V6 turbo, peça central das Unidades de Potência, deve durar pelo menos 8 finais de semana de Grande Prêmio.

O congelamento do desenvolvimento das UPs já está em vigor para 2023 (salvo por atualizações justamente nos quesitos eficiência e durabilidade), o que faria supor que os problemas seriam menores esse ano em relação ao ano passado. Mas, concluídas três etapas das 23 programadas, não é o que se tem visto.

Dos quatro fabricantes de Unidades da F1 atual, três já sofreram com problemas de confiabilidade. Ferrari e Mercedes já deixaram pontos pelo caminho, enquanto as unidades da Red Bull (outrora conhecidas como Honda...) deram sustos nas equipes, mas têm aguentado o tranco. A Alpine, que tinha um dos carros mais suscetíveis a quebras de 2022, segue sem problemas dessa ordem até aqui.

Ferrari passa por renovação em 2023
Ferrari passa por renovação em 2023
Foto: Ferrari / Twitter

Ferrari tomou a primeira punição do ano

Ainda no fim de semana de abertura da temporada, no Barein, a Ferrari precisou trocar a central eletrônica do carro de Charles Leclerc nada menos que duas vezes. Na prova seguinte, na Arábia, lançou mão de uma terceira central, já excedendo o limite do ano inteiro. Com isso, o monegasco perdeu 10 posições no grid de largada. Leclerc ainda correu com o 2º de três MGU-H permitidos.

Também na Arábia, a equipe italiana partiu para o segundo motor à combustão tanto no carro de Leclerc quanto no de Carlos Sainz, mantendo o primeiro turbo em ambos. Mudança ainda dentro do regulamento, mas que levanta a suspeita de que pode haver algo de errado com os primeiros motores. A desconfiança aumenta pelo fato de a Ferrari dar a orientação pra Alfa Romeo e Haas, seus clientes, fazerem o mesmo já na Austrália.

E a etapa australiana não passou sem que as unidades Ferrari tivessem seus problemas: Nico Hulkenberg sofreu uma falha no MGU-K de seu carro na última volta, e completou a corrida sem o recurso.

Sergio Perez largou dos boxes na Austrália
Sergio Perez largou dos boxes na Austrália
Foto: Red Bull / Twitter

Honda também tem suas dores de cabeça

Os motores do grupo Red Bull também já tiveram sua cota de problemas. Sem o mesmo alarde de Leclerc pelo fato de ainda estar dentro das trocar permitidas, Sergio Perez também correu na Arábia com central eletrônica nova. Além da central, o mexicano usou um conjunto de baterias novo, já que o primeiro foi descartado após a prova do Barein. Na Austrália, o conjunto do carro de Perez foi trocado mais uma vez, com o piloto largando dos boxes.

As unidades Honda também já apresentaram problemas em um dos carros da AlphaTauri. Nyck de Vries perdeu parte dos treinos livres da Arábia Saudita até que a equipe identificasse um defeito no motor de arranque de seu carro. A falha motivou uma troca da unidade de potência quase completa, salvo pelas baterias.

Mercedes não escapa das dificuldades

O primeiro problema com as unidades de potência alemãs foi logo o mais grave deles: na etapa de abertura, a McLaren de Lando Norris sofreu um dano terminal em seu V6 graças a uma falha no sistema de válvulas. A equipe partiu para um conjunto inteiramente novo na Arábia. Com a quebra, Norris terá que usar apenas dois motores para não cumprir punição em uma das 22 etapas seguintes. Bastante improvável, para dizer o mínimo.

Austrália, aliás, que foi palco do maior problema de UP na equipe de fábrica da Mercedes. George Russell, que chegou a liderar a prova, abandonou por uma quebra no conjunto de seu W14. A falha era visível à distância graças ao fogo que saia do carro do inglês, mas não foi detalhada pelo time.

Alpine (ainda) não teve problemas

A equipe francesa tem sofrido menos que as concorrentes em 2023. É bem verdade que os motores Alpine equipam apenas uma equipe, o que, estatisticamente, diminui as chances de problemas. No entanto, não custa lembrar que a equipe apelou para uma estratégia de testar o limite de seus componentes deliberadamente em 2022, a fim de acertar o tom entre confiabilidade e desempenho. O plano custou muitos pontos no ano passado, mas, por enquanto, vem mostrando algum valor na temporada corrente.

Alpine foi a única fabricante que ainda não teve problema na UP Alpine.jpg
Alpine foi a única fabricante que ainda não teve problema na UP Alpine.jpg
Foto: Alpine / Twitter

Sessões de classificação preocupam

Além dos 20 GPs restantes até o fim do ano, serão realizadas seis corridas sprint, o que adiciona a quilometragem de mais duas corridas completas. Para as equipes, tão preocupantes quanto as corridas sprints são as classificações para elas. O martelo ainda não foi batido sobre o novo formato de classificação para as sprints, mas é seguro dizer que, para as equipes, quanto mais curtos, melhor.

Isso porque, até o fim do campeonato, serão nada menos que 26 classificações, que é justamente o momento em que as unidades de potência são levadas ao seu maior stress em busca do melhor tempo de volta possível.

Tudo piora com a nova corrida em Las Vegas na reta final da temporada. A nova pista de rua na cidade estadunidense terá uma reta de quase 2km e outra de quase 1 km, o que forçará os motores a um uso intenso quando sua vida útil já deverá estar perto do fim.

Administrar o uso da potência e a durabilidade do conjunto será um dos grandes desafios das equipes daqui até o final da temporada. A julgar pelo alto índice de problema em apenas três etapas, podemos esperar um festival de punições pela frente. E não deve demorar muito...

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