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Mercedes desenvolve respirador para ajudar na pandemia

Equipe de Fórmula 1 elabora em cinco dias equipamento que servirá para tratar os infectados pelo novo coronavírus

31 mar 2020 - 07h11
(atualizado às 07h52)
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A Mercedes anunciou nesta segunda-feira ter conseguido um importante resultado na luta contra o novo coronavírus. Após somente cinco dias de trabalho, a principal escuderia da Fórmula 1 desenvolveu junto com a Universidade College de Londres um respirador para ser utilizado por pacientes infectados pela doença. O aparelho já recebeu a aprovação do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS).

A participação da Mercedes integra o Projeto Pitlane, iniciativa das equipes de Fórmula 1 para atender a demanda do governo britânico para a produção de mais equipamentos médicos. O objetivo é contar com a capacidade das escuderias em áreas como design, conhecimento na confecção de protótipos e a experiência em testes e montagem para conseguir encontrar uma forma de atender melhor os pacientes atingidos pela pandemia.

Mercedes desenvolveu aparelho em apenas cinco dias
Mercedes desenvolveu aparelho em apenas cinco dias
Foto: Divulgação/Mercedes / Estadão Conteúdo

O trabalho da Mercedes no desenvolvimento do respirador teve início na quarta-feira e ficou pronto cinco dias depois. Após menos de cem horas de trabalho, a escuderia concluiu a produção de cem aparelhos, que serão entregues em breve em hospitais e se chamam Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP). Segundo comunicado da equipe, esses equipamentos vão evitar a utilização de ventilação mecânica invasiva em 50% dos casos.

O médico Mervyn Singer, da Universidade College de Londres, os equipamentos produzidos pela equipe serão essenciais. "Por enquanto eles serão testados na Universidade primeiramente. Nós esperamos que possa ser feita uma grande diferença nos hospitais pelo país ao reduzir a demanda de intensos cuidados médicos e de camas, assim como na ajuda a pacientes se recuperem sem precisar de outras técnicas de ventilação", explicou.

Os respiradores funcionam ao puxarem o ar para o interior da boca e do nariz do paciente em um ritmo contínuo, com o aumento da quantidade de oxigênio captada pelos pulmões. Os métodos de ventilação mais invasivos levar o ar diretamente aos pulmões, porém exigem sedação pesada e conexão através de um tubo localizado na traquéia do doente.

"A comunidade da Fórmula 1 mostrou uma resposta impressionante ao pedido de apoio, reunindo-se no coletivo Projeto Pitlane para apoiar a necessidade nacional neste momento em vários projetos diferentes. Nós estamos orgulhosos de termos usado nossos recursos para ajudar a Universidade College de Londres", afirmou o chefe de alta performance da Mercedes, Andy Cowell.

Estadão
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