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Força e equilíbrio: Sainz e Leclerc abrem caminho para Ferrari voltar a sorrir em 2022

A Ferrari ainda tem problemas remanescentes de um terrível 2020. Mas a qualidade da dupla formada por Carlos Sainz e Charles Leclerc trouxe um equilíbrio e resultados que não eram imaginados para esta temporada. Seria, então, Sainz e Leclerc o grande caminho para a equipe de Maranello voltar a sorrir em 2022?

20 set 2021 - 04h02
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Charles Leclerc trazem a força e o equilíbrio necessários para fazer Ferrari encontrar caminhos vitoriosos em 2022
Charles Leclerc trazem a força e o equilíbrio necessários para fazer Ferrari encontrar caminhos vitoriosos em 2022
Foto: Scuderia Ferrari / Grande Prêmio

Depois de uma temporada sofrível em 2020, a Ferrari pode falar com alívio diante do desempenho neste ano. Ainda que siga longe da briga pela ponta do campeonato, a equipe de Maranello tem o que celebrar, especialmente no que diz respeito às decisões que tomou em 2021. Atualmente, a escuderia luta com a McLaren pelo terceiro posto no Mundial de Construtores. E embora ainda lide com problemas remanescentes de uma inconstante SF21, a grande força do time italiano está mesmo em sua dupla de pilotos. Equilibrada, talentosa e competitiva, a combinação de Charles Leclerc e Carlos Sainz é de extrema importância para fazer os carros vermelhos voltarem a sonhar com o lugar mais alto do pódio, sobretudo com o inédito regulamento de 2022.

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A começar pelo espanhol de 27 anos. O piloto de Madrid chegou em um momento nada fácil em Maranello. Além ter acabado de viver sua pior temporada desde 1980, a Ferrari também lidava com o término de um vínculo de seis anos com Sebastian Vettel — o tetracampeão guardou expectativa de retorno aos títulos, mas a equipe também se deparou com um domínio categórico da Mercedes e muitos erros. No entanto, Sainz chegou na hora certa.

Depois de 14 corridas, o dono do carro #55 soma 97,5 pontos, 22,5 a mais do que tinha em 2020. É verdade que bateu e destruiu sua SF21 em três dos últimos quatro fins de semana, mas não apaga o fato de o piloto ter pontuado em 12 das 14 etapas até aqui. Sainz é símbolo de consistência nas corridas e a competitividade necessária que a Ferrari precisava.

Sainz faz sua primeira temporada pela Ferrari em 2021
Sainz faz sua primeira temporada pela Ferrari em 2021
Foto: Ferrari / Grande Prêmio

"O Carlos se integrou muito bem. Ele está evoluindo corrida após corrida. É um incrível balizador para Charles também, impulsionando o companheiro quando as condições são mais complicadas. E mais de 80 pontos para cada mostra o quanto é importante ter dois bons pilotos marcando para a equipe. Estou muito feliz com isso e acho que esses dois ainda nos darão muitas alegrias", disse Mattia Binotto, chefe de equipe da Ferrari, em coletiva de imprensa após o GP da Hungria.

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Por isso, a combinação com Leclerc é acertada. Desde 2019, o dono do carro #16 já conhece muito bem a equipe, a fábrica em Maranello e todos os detalhes da Ferrari. Passou por altos e baixos com a escuderia e se manteve firme como homem do futuro dos italinos. E os números em 2021 não enganam. O monegasco soma 104 tentos em 14 corridas, sete a mais do que tinha em 2020. Seu maior trunfo? O ritmo de classificação, que o levou a duas poles nesta temporada e o fez flertar com pódio em Baku e Mônaco, mas que só foi realmente acontecer em Silverstone, com o segundo lugar, após uma corrida consistente — e que quase venceu, não fosse a ultrapassagem final de Lewis Hamilton.

"Estou muito feliz por vários motivos. O primeiro deles é porque creio que temos a melhor dupla da F1 de todo o pit-lane. E o segundo é porque sabemos que Charles é um piloto fantástico, de muito talento, mas mesmo assim ele continua evoluindo, então estou muito feliz com isso. Ele teve boas oportunidades de vencer, a primeira em Mônaco, mas acabou não acontecendo pelos motivos que já sabemos", acrescentou Binotto.

Charles Leclerc está na equipe principal da Ferrari desde 2019
Charles Leclerc está na equipe principal da Ferrari desde 2019
Foto: Ferarri / Grande Prêmio

É necessário ressaltar, no entanto, que até as férias de verão da F1, a disputa interna era uma das mais equilibradas do grid após 11 etapas: 6×5 para Leclerc era o placar. E, embora o monegasco tenha ficado na frente nas últimas três corridas até — mudando a contagem para 9×5 —, é importante dizer que Sainz finalizou, em todas, exatos dois degraus abaixo de seu companheiro de equipe, comprovando que o ritmo da Ferrari pode ser constante e bem aproveitado, caso encaixe suas virtudes nas oportunidades certas.

"Ainda falta a Sainz um fim de semana 100%, sem erros", declarou o dirigente italiano, também durante a pausa de verão. "Mas, como já disse, acho que temos uma boa dupla e ainda há muito potencial neles, estão progredindo, estão aprendendo. E, de novo, acho que estão indo bem, mas o mais importante é garantir que eles estejam progredindo continuamente neste segundo semestre e que estejam prontos para 2022″, finalizou Mattia.

Por isso, as cartas com as qualidade de seus pilotos mostram as oportunidades que a Ferrari tem para seu futuro. E Binotto tem consciência disso. Afinal, o italiano tem nas mãos a dupla mais equilibrada do grid. E sabendo usar essa fórmula de competitividade e qualidade, a equipe tem a grande chance de voltar ao lugar de destaque. Muito maior que um sexto ou terceiro lugares: a Ferrari quer voltar ao topo. E 2022 pode ser a chave para isso.

Mas antes de 2022, tem o 2021. E a atual dupla ferrarista não parece querer deixar um caminho fácil para a McLaren de Lando Norris e Daniel Ricciardo - ainda que a equipe inglesa venha de uma expressiva vitória em Monza. Aliás, o GP da Itália é um interessante parâmetro para o crescimento ferrarista. Ainda que a clássica pista da Lombardia não tenha as característica que agradam a SF21, os engenheiros foram capazes de trabalhar bem no acerto do carro. E os pilotos comprovaram essa configuração bem-feita com uma prova forte do ponto de vista do ritmo de corrida. Mesmo sem a velocidade de reta de seus rivais, Leclerc cruzou a linha de chegada em quarto, enquanto Sainz foi o sexto. Além disso, a escuderia segue trabalhando firme em soluções para este ano e o próximo, bem como em um motor mais eficiente. Não à toa, a Ferrari levou sua dupla titular à Ímola para avaliar componentes e os dados entre pista e simulador.

Quer dizer, neste momento, a Ferrari faz a lição de casa e prepara bem o terreno para o que pode vir por aí.

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