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F1: Russell admite “sorte” para superar Hamilton em Miami

George Russell arriscou estratégia diferente, largando com pneus duros, e contou com bandeira amarela em momento favorável

9 mai 2022 - 15h52
(atualizado às 16h05)
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Hamilton e Russell disputam posição em Miami
Hamilton e Russell disputam posição em Miami
Foto: Mercedes / Twitter

Pela quarta vez seguida, George Russell terminou uma corrida à frente de Lewis Hamilton. Mas ele próprio admite: dessa vez, foi sorte. Na classificação, Hamilton superou o colega de Mercedes e se colocou em 6º no grid, enquanto Russell não passou de 12º. Os dois também se viram com grande diferença de posição de largada na Arábia Saudita e em Ímola, mas sempre com vantagem para Russell. Dessa vez, foi o contrário.

No entanto, se Russell fez valer a vantagem construída na classificação nas duas corridas citadas, nessa, Hamilton não pôde fazer o mesmo e acabou superado pelo novo colega. “Acho que tivemos sorte”, admitiu Russell ao portal Autosport, logo após a corrida.

A sorte em questão foi um safety car no momento perfeito para fazer sua estratégia diferente funcionar. Enquanto a maioria dos pilotos largou de pneus médios e parou para trocar por compostos duros entre as voltas 20 e 30, Russell, sem muito a perder por começar fora dos pontos, foi um dos poucos a optar por começar de pneus duros e partir para um stint mais longo.

Conforme os carros do pelotão da frente foram parando, Russell ganhou posições, chegando a andar em 5º, à frente de Hamilton e Bottas. Mas ainda era necessário parar, e um pit stop em bandeira verde o jogaria para trás dos dois novamente, com alguma distância. Restava ficar na pista e contar com um fato novo (bandeira amarela ou chuva), para minimizar o prejuízo da parada tardia. Eis que, na volta 41, Pierre Gasly e Lando Norris se chocaram e o safety car virtual foi acionado (depois alterado para um safety car real). E lá estava o fato novo que Russell tanto queria.

“Parece que você é meio que um gênio quando coisas assim acontecem, mas é porque você está em uma estratégia diferente. Tínhamos o sétimo lugar garantido, não tinha sentido parar. Podíamos ficar e esperar que algo assim acontecesse, e tivemos um pouco de sorte hoje”, disse o piloto britânico.

George Russell largou em 12º e terminou em 5º
George Russell largou em 12º e terminou em 5º
Foto: Petronas Motorsports / Twitter

Russell voltou justamente em 7º, mas na mesma fila dos carros à frente graças ao safety car. Com pneus médios novos contra os duros gastos dos demais, ele se viu em situação favorável para superar tanto Hamilton quanto Bottas.

E o piloto acredita que poderia ter ido ainda mais longe, não fosse o tempo perdido na manobra sobre Hamilton por fora da pista, em que precisou devolver a posição momentaneamente: "Me falaram que tínhamos que trocar as posições e isso foi um tanto frustrante, porque eu estava chegando nos caras da frente em dado momento”, contou. “É uma curva meio estranha. É como um estacionamento de tão larga, mas tem uma linha branca que não dá para ver quando estamos dirigindo.”

Assim como na Austrália, Russell contou com um safety car no tempo certo para se colocar à frente de Hamilton. Há boa parcela de mérito do piloto por conseguir otimizar ao máximo a estratégia escolhida. Mas é inegável que o fator sorte entra em jogo, dado que um safety car é algo imprevisível e que muda a dinâmica da corrida.

Seja por qual motivo for, o fato é que o 5º lugar aumenta a vantagem de Russell sobre Hamilton para 23 pontos no campeonato de pilotos. Para tirar o atraso, Hamilton precisará de mais finais de semana se classificando melhor que o colega, como fez em Miami.

E precisará voltar a contar com uma velha amiga, que parece estar sorrido mais para o outro lado da garagem da Mercedes ultimamente: a sorte.

Parabólica
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