F1: Qual a melhor estratégia para o GP da Cidade do México?
Diante da altitude e baixo desgaste, as possibilidades são grandes. Mas não podemos esquecer que sempre houve intervenção do VSC...
Embora não seja um traçado tão desafiador tecnicamente para os pilotos, o circuito Hermanos Rodriguez traz uma série de variáveis que deixam todos os envolvidos muito ocupados para poder decidir qual é a melhor estratégia para o GP da Cidade do México.
A Pirelli trouxe para esta pista os compostos C2/C4/C5. Em tese, o melhor composto para esta corrida seja o C4. Por que? O asfalto do Hermanos Rodriguez não é um dos mais abrasivos, o que facilita a gestão por parte dos pneus. Porém, o calor tem sido muito forte e a poluição da Cidade do México acabam por piorar a situação. Tanto que nota-se a evolução da pista ao longo do final de semana, justamente pelo emborrachamento do piso.
Entretanto, como os carros não geram tanta pressão aerodinamica por conta da altitude (cerca de 10 a 15% a menos do que ao nivel do mar), há que confiar mais na aderência mecanica (que vem do acerto das suspensões). Os carros acabam por deslizar mais nas curvas e isso prejudica a questão do desgaste pelas forças laterais...
Ainda há um ponto a ser considerado: a grande reta dos boxes. Com mais de 800 metros de extensão, temos aqui uma situação parecida com a de Baku: os pneus acabam por resfriar. Desta maneira, a chave da gestão aqui não tanto o desgaste, mas fazer com que a variação térmica não acabe com o desempenho. Por este motivo, o C4, o composto médio deste final de semana, acabe sendo o favorito dos times.
Mas aqui há uma questão importante: com o C4 favorito, fica claro que a estrategia de uma unica parada acaba por ser a que muitos tem como base. Isso também é colocado por Mário Isola, o responsável da Pirelli. Porém, vemos aqui um quadro semelhante ao de Austin: o C5, o composto macio, acaba sendo uma opção muito viável.
Alguns podem considerar largar com o C5 para tentar aproveitar a melhor aderência e tentar um salto maior, aproveitando a extensão da reta. Porém, a estimativa da Pirelli é que estes pneus durem cerca de 20 a 25 voltas. Leclerc fez isso na semana passada e se deu bem. No fim de semana, todos procuraram usar muito os compostos macios para entender o desgaste.
O composto mais duro, o C2, é a jogada "de segurança". Mas as informações são de que justamente pelo fato se der mais duro, a gestão termica acaba por ser pior. E isso com um desempenho muito pior (a estimativa é que o composto duro seja 3 décimos mais lento do que o médio e 9 décimos mais lento do que o macio).
E sempre há a possibilidade de intervenção de Carro de Segurança, físico ou virtual. Desde quando a prova voltou ao campeonato da F1, tivemos alguma participação do Carro de Seguirança pelo menos 1 vez. Com um tempo estimado de perda de 12 segundos (22 segundos em condições normais), os times jogam com isso, nem tanto pelo undercut, mas sim por gerir bem os pneus.
Dos pilotos da frente, todos tem pelo menos 1 jogo 0km de pneus duros e médios (com exeção da Aston Martin, que tem por pratica usual dar pelo menos uma volta com os pneus para tirar a cera protetora). A cartada aqui são os macios, pois vai depender do calor e do Safety Car