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F1: Pirelli leva pneus mais macios para Austrália. Corrida melhor?

Fabricante de pneus opta por levar compostos mais macios para a Austrália. Mas isso significa uma prova mais movimentada?

20 mar 2024 - 12h52
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Pneus em exposição para uso. Para a Austrália, a gama mais macia
Pneus em exposição para uso. Para a Austrália, a gama mais macia
Foto: Pirelli Motorsport

Os fãs da F1 querem ter motivos para poder acompanhar as provas. O GP da Austrália costuma ser uma corrida que reserva algumas boas surpresas. Para este ano, a esperança é que os pneus possam ajudar a construir uma prova mais disputada...

Para Melbourne, a Pirelli este ano decidiu levar uma gama de pneus mais macios do que 2023. Neste final de semana serão usados os compostos C3/C4/C5. Este último tipo, o mais macio, terá sua estreia na temporada.

De certa forma, é uma resposta da fabricante para aqueles que acham que a Pirelli deveria ser mais ousada na escolha dos pneus e ajudar a melhorar a dinâmica das provas. Em todo caso, o fornecedor tem uma boa desculpa para dar: ano passado, não havia a disponibilidade de muitos dados para avaliação, além de ter tido um recapeamento. Assim, optou-se por ser mais conservador.

A maior prova do conservadorismo foi que, por conta da entrada dos Safety Car e das interrupções, quase todos os pilotos trocaram pneus na volta 8 e fizeram 50 voltas com o mesmo composto (o então C2). Com a introdução de um composto mais macio, a intenção é que haja um desgaste maior e assim possa forçar até a mais paradas.

Quadro das trocas do GP de 2023. Com composto mais duro e interrupções, 50 voltas com o mesmo jogo
Quadro das trocas do GP de 2023. Com composto mais duro e interrupções, 50 voltas com o mesmo jogo
Foto: Pirelli Motorsport

Embora haja a previsão de um domingo não muito quente, o aumento da pressão aerodinamica gerada pelos carros acaba por forçar os compostos. Não à toa que a Pirelli tem optado por usar pressões mais altas do que as usadas anteriormente e tem trabalhado para em novas construções para poder otimizar o desgaste dos pneus.

Mesmo assim, não se espera que haja mais de uma parada. Melbourne tem um asfalto pouco abrasivo e uma aderência razoável. Mesmo sendo o C4 o pneu a ser mais usado pelos times, não deveremos ter um grande desgaste, mesmo com o pneu traseiro esquerdo sendo o mais exigido por conta do apoio das curvas, com maioria à direita.

Quadro da Pirelli para o GP da Australia
Quadro da Pirelli para o GP da Australia
Foto: Pirelli Motorsport

Em tese, pneus mais macios com carros em maior aderência podem causar um maior desgaste e sim forçar a mais paradas ou uma dinâmica de prova mais movimentada. Entretanto, a característica destes pneus tem sido de serem mais progressivos no desgaste, tornando a gestão da borracha mais fácil (menos para a Haas até o ano passado). A conferir o que os pneus podem trazer para Melbourne. Alguns estão torcendo para que o espírito da NASCAR em Bristol possa ir para a Oceania...

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