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F1: Mercedes muda técnicos para salvar 2023 e vencer em 2024

A volta de James Allison ao comando técnico da equipe de F1 é um sintoma que a Mercedes aumenta muito a aposta para vencer novamente

24 abr 2023 - 17h06
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James Allison e Toto Wolff no GP do Canadá de 2022. A Mercedes traz de volta seu técnico mais estrelado para recuperar o caminho do sucesso
James Allison e Toto Wolff no GP do Canadá de 2022. A Mercedes traz de volta seu técnico mais estrelado para recuperar o caminho do sucesso
Foto: Jiri Krenek / Mercedes AMG F1

Quem lê o Parabólica tem notado que temos dito que a Mercedes tem colocado o W14 como um “carro a ser salvo”. Listamos aqui os motivos que o carro poderia não estar competitivo, que a base não é tão complicada e que uma série de mudanças estão por vir.

Mas a Mercedes foi mais além. Na última semana, foi noticiado que uma nova fase da operação de salvamento foi iniciada: James Allison, que era o Diretor Técnico do time de F1 e respondia pela área de Engenharia Especial desde 2021, foi deslocado de volta para a área de competições.

Aparentemente, Mike Eliott, que era o Diretor Técnico desde 2021, foi feito de bode expiatório para a atual situação. Mas pela versão trazida, foi o próprio Eliott que pediu auxílio para entender a situação e tentar tirar a equipe desta sinuca.

Mike Eliott: a prata de casa não resolveu como se esperava. A divisão de Engenharia e o barco de America's Cup o esperam...
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Foto: Mercedes AMG F1 / Divulgação

Aparentemente, esta reestruturação está sendo feita de um modo suave, com Eliott trocando de lugar com Allison, mas sem se afastar totalmente do programa de F1. Além disso, outros técnicos também tiveram seus papeis revistos, como John Owen (aerodinâmica) e Giacomo Tortora (vindo da Ferrari em 2020). Owen volta a ficar mais focado no projeto em si e Tortora fica com atenção na parte organizacional.

O fato é que a Mercedes parte para mais uma vez tentar resolver o problema em casa. Nos últimos tempos, até mesmo pela implantação do teto orçamentários, vários nomes saíram de Brackley e não se tem notícia da vinda de reforços. A escolha de Eliott para assumir a Direção Técnica veio nesta linha, já que está no time ainda quando este era Honda, em 2008.

A vinda de Allison não deixa de ser o uso de uma carga mais pesada do arsenal técnico da Mercedes. Mas a sua chegada neste curto prazo acaba por ter uma visão de verificação das premissas do primeiro grande pacote de mudanças previstas até Imola e que já estão em produção.

Mudanças maiores acabam vindo mais à frente e pode ser tarde demais para que consiga colocar a Mercedes em condições de brigar com a Red Bull pelo campeonato. Porém, pode reduzir o risco da situação do ano passado se repetir e mais uma vez acreditarem em premissas não tão certas assim.

O foco do retorno de Allison é ajustar o rumo em 2023 para deixar a Mercedes competitiva em 2024. Uma transformação desta forma seria semelhante a que a Aston Martin fez para esta temporada. Mas diante de notícias de que a equipe teve problemas inclusive na fabricação de peças, a cartada tem que ser dada.

A esperança agora é ter certeza de que o pacote de novas peças permita que o W14 possa se garantir ao menos na condição de ser efetivamente a segunda força do grid e ter alguma possibilidade de brigar efetivamente com a Red Bull em Imola. Baku é uma pista em que o RB19 deve mostrar seu desempenho, especialmente no trecho da reta dos boxes.

Aparentemente, a Mercedes não quer se dar ao luxo de esperar o novo regulamento de 2026 para ter uma tentativa de volta a disputar campeonatos. Até porque sabe que tem um jovem leão que quer mostrar que pode ser campeão e um multivencedor que quer encerrar a carreira em condições de marcar seu nome definitivamente na história da F1.

Parabólica
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