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F1: Honda tem várias opções de escolha. Inclusive não voltar

Após ter se habilitado para fornecedor motores para a F1 em 2026, a Honda tem uma série de questões a tratar e pode até mesmo não voltar

11 abr 2023 - 15h35
(atualizado às 15h44)
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Honda é uma das grandes duvidas na história da F1 e o seu quinto retorno pode nem acontecer...
Honda é uma das grandes duvidas na história da F1 e o seu quinto retorno pode nem acontecer...
Foto: Red Bull Content Pool / Divulgação

Para onde vai a Honda em 2026?

A Honda é um daqueles mistérios insolúveis da vida referente à F1. Desde a sua saída no início da década de 90, os japoneses vão nesse relacionamento de ida e volta, oscilando entre a paixão intensa e a desilusão decisiva.

Quando a fábrica anunciou que deixaria a categoria no final de 2021, se criou um grande ar de surpresa. Afinal, depois de tanto tempo, o projeto finalmente dando certo...a desistência. Mas a ação da Honda foi tão complicada que motivou o congelamento de motores até 2025 e a Red Bull montar sua unidade de motores.

Mas o osso não foi largado e a Honda fechou um acordo de ceder assistência aos taurinos até 2025; E qual não foi a surpresa quando os japoneses anunciaram que voltariam a botar a marca de sua área de competições nos carros da Red Bull e AlphaTauri, além de confirmar seu nome como fornecedora dentro do regulamento de 2026?

Muita especulação surgiu em quem poderia ser a equipe escolhida pela Honda para fornecer. A ideia inicial seria a Red Bull. Afinal de contas, conhece bem o sistema e boa parte de seu pessoal foi para a unidade de motores dos taurinos. Mas a Red Bull, embora muito grata e satisfeita com o trabalho, decidiu fechar com a Ford.

O grande problema da Honda hoje seria a necessidade de montar uma nova estrutura. Boa parte do pessoal que trabalhava em Sakura (Japão) foi remanejada para outros centros. A unidade de Milton Keynes foi boa parte desmobilizada, bem como a equipe de atendimento.

Embora a propriedade intelectual dos motores e toda a parte elétrica siga sob responsabilidade dos japoneses, uma situação teria que ser refeita, mas desta vez com uma limitação orçamentária introduzida pelo regulamento de 2026 e que foi aceito pelos fornecedores.

E a parte elétrica é o grande diferencial deste novo regulamento. Afinal de contas, mesmo com uma potência semelhante ao atual, se estima que a parte a combustão (ICE) perde mais de 30% de potência e a parte elétrica terá sua capacidade triplicada. Por isso as montadoras estão tão interessadas.

Em relação a equipes, mais uma vez a dúvida aparece. Numa primeira análise, três equipes estariam disponíveis: Aston Martin, McLaren e Williams. Todas sendo fornecidas pela Mercedes. Que já anunciou um tempo atrás que estaria disposta a rever o seu portfólio de equipes, que tem acordos até 2025.

As equipes querem definir logo qual o seu futuro para pensar na parte técnica, embora as regras para os carros estejam em discussão. A Williams declarou que chega a uma conclusão ainda este ano, embora tenha feito pouco caso neste momento (cortina de fumaça?). McLaren considera outras possibilidades e reconhece que começou conversas com os japoneses mesmo depois do clamoroso divórcio no final de 2017.

Aston Martin é uma também citada. Mas como poderia entrar nessa? Afinal de contas, a montadora tem participação acionária da Daimler (entenda-se aqui Mercedes) e usa motores alemães em seus carros de rua. Não seria a primeira vez em que as marcas conviveriam: em 2019, Aston e Honda estiveram juntas no Red Bull RB15.

Alex Albon andando no Red Bull RB15 que carregou Aston Martin e Honda em 2019...
Alex Albon andando no Red Bull RB15 que carregou Aston Martin e Honda em 2019...
Foto: Red Bull Content Pool / Divulgação

Não é segredo que Lawrence Stroll quer ser grande na F1 e ter um motor exclusivo seria um tremendo diferencial. Ele vem tentando atrair o capital saudita para o projeto e não podemos esquecer que a equipe é mais do que nunca dele do que da Aston (ver aqui). Por que não pensar que a Honda poderia entrar na estrutura do time e este deixar de ser Aston?

Koji Watanabe, presidente da divisão de corridas, avalia com calma as possibilidades e sabe que, mesmo com os desafios para se preparar, não tem a obrigação de entrar na F1. Mas o tempo já corre para os japoneses...

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