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F1 e FIA trabalham em proposta para a entrada de novos times

Site Racingnews365 traz proposta que criaria a figura de "equipes trainees": por 3 anos, sem dinheiro de premiação e participação limitada

2 mai 2024 - 15h08
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Para evitar problemas legais, F1 e FIA trabalham em proposta para a entrada de novos times
Para evitar problemas legais, F1 e FIA trabalham em proposta para a entrada de novos times
Foto: Pirelli Motorsport

Quando pensamos que a conversa de novas equipes na F1 não pode ir adiante, sempre aparece um capítulo novo. Após mais uma jogada da Andretti para garantir sua entrada na F1 em 2026, agora aparece uma proposta que estaria em avaliação pela F1 e a FIA para que novos entrantes tomassem parte na categoria.

Segundo artigo do site Racingnews365, após a análise das propostas de novos times para o processo de escolha da FIA para as temporadas de 2025 e 2026, algumas questões foram levantadas, como a situação de que um time novo levaria pelo menos 3 anos para se estruturar para entrar na F1.

Diante da chiadeira por parte da negativa da entrada da Andretti e equipes menores das categorias de base (Rodin Carlin e Hitech), além de evitar as acusações de formação de cartel, o que poderia levantar investigações por parte da União Europeia, por exemplo, esta proposta teria sido colocada para análise dentro do novo acordo comercial da categoria, que valeria a partir de 2026.

Concebido por 2 especialistas de longa data na categoria (Tim Milne e Lewis Butler), a proposta seria a seguinte: haveria a abertura de até mais 3 vagas para novos times. Mas estes não participariam da divisão de premiação. Estas equipes participariam das corridas, mas não seriam considerados construtores: eles usariam um chassi padrão e com um pacote de ferramentas de engenharia em algumas áreas aprovado pela categoria.

Além disso, estes times teriam suas bases em regiões que não estão ocupadas pelas atuais equipes, além de participar de pelo menos 8 provas em circuitos onde 26 carros poderiam ser acomodados, além de até o limite de 6 etapas para o desenvolvimento de negócios em seus mercados locais.

Pelo lado financeiro, as equipes poderiam ter presença no paddock durante todo o campeonato, de modo a garantir atratividade junto a potenciais patrocinadores e apoiadores. Assim, os times poderiam trabalhar no desenvolvimento de pessoal e conhecimento técnico ao longo destes 3 anos.

Alem disso, os times teriam que apresentar um plano de desenvolvimento ao longo deste período e teriam sua performance medida para verificar se está havendo evolução. Conforme fosse, após este período, os times que demonstrassem sua capacidade técnica, bem como de alavancar valor e receitas à categoria, seriam permitidos a fazer parte oficialmente do campeonato, com direito ao recebimento da premiação.

De acordo com a matéria do RacingNews365, a ideia dos idealizadores da proposta, que estiveram envolvidos no processo de escolha dos novos times como consultores, é que este modelo permitiria aos novos entrantes ter um processo de evolução na categoria, indo se acostumando com os padrões, sem desembolsar tanto dinheiro.

Em sua fala, Tim Milner diz que, se a proposta de aumentar a taxa de entrada de US$ 200 milhões para US$ 600 milhões passar, isso seria uma tremenda dificuldade para quem quiser entrar. Segundo ele, um potencial interessado teria que gastar mais de meio bilhão de dólares sem a menor garantia de ser competitivo logo de cara.

Além disso, os times não gastariam este valor imediatamente e poderiam se estruturar com calma, utilizando esta taxa de entrada para outros campos. Milner diz que uma proposta dessa, ainda com a condição de que os times novos só receberiam premiação posteriormente, ajudaria a quebrar a resistência dos times atuais.

Segundo a matéria, a proposta teria tido o conhecimento de Pat Symonds, responsável pela área técnica da F1 e ainda seria uma possibilidade. Porém, ainda não se pode considerar como algo oficial.

Em uma primeira análise, é a primeira proposta que aparece publicamente para atender aos novos entrantes e dizer que a F1 não é a vilã do processo. Mas é a junção de uma série de situações que a F1 já viveu. Até 2019, novos entrantes na F1 ficavam pelo menos 1 ano sem ter direito ao dinheiro de premiação. Eles pagavam o valor de entrada e recebiam de volta o valor em até 2 anos.

Outro aspecto que lembra é a questão do chassi único e “ferramentas pré-aprovadas”. Isso lembra a proposta vinda em 2009 por Max Mosley, que fez um processo de novas equipes com um orçamento máximo de US$ 40 milhões, motores Cosworth e “ajuda técnica das equipes”. HRT, Caterham e Virgin entraram, a promessa do orçamento máximo virou fumaça e as equipes existentes entraram com alguma ajuda técnica, mas depois fizeram parte da lista de credores. No final, todas acabaram.

Aparentemente, o surgimento desta proposta soa como um verdadeiro balão de ensaio para ver o que o grande público acha. A instituição de um “Programa de Equipe Trainee” para a F1 tem seus méritos, mas está longe de ser uma resposta aos anseios dos fãs.

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