Chefe da Mercedes compara final da F1 2021 com polêmico gol de mão de Maradona
Toto Wolff voltou a mostrar irritação com a decisão da Fórmula 1 em 2021, no GP de Abu Dhabi, e lembrou de um polêmico lance da história das Copas do Mundo para exemplificar
HAMILTON TEM RAZÃO AO DIZER QUE GP DE ABU DHABI FOI MANIPULADO?
Quase uma semana depois da polêmica e intensa final da Fórmula 1 em Abu Dhabi, os protagonistas do espetáculo continuam falando sobre os incidentes das voltas finais da corrida. Toto Wolff, chefe da Mercedes, por exemplo, segue indignado com a atuação do diretor de provas Michael Masi e não fez questão de esconder.
O austríaco afirmou não querer contato com Masi, diretor de provas da FIA e diretamente envolvido na polêmica que tomou conta da categoria após a conquista do holandês.
"Não me interessa conversar com Michael Masi", afirmou Wolff ao ser perguntado se teve algum contato com o diretor de provas da FIA. "As decisões que aconteceram nos últimos quatro minutos da corrida roubaram Lewis Hamilton de um merecido campeonato mundial", reclamou Toto.
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O épico gol de mão anotado por Maradona sobre a Inglaterra (Foto: Reprodução)
Para expressar melhor sua raiva, Wolff comparou o GP da Abu Dhabi com um dos lances mais controversos da história do futebol: o gol de mão marcado por Diego Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986. O lance, marcado no folclore do esporte, foi apelidado de "Mão de Deus" pelos argentinos. O dirigente também lembrou da polêmica final da Copa de 1966, quando criou-se uma discussão se a bola decisiva entrou ou não.
"O que aconteceu é do nível da 'Mão de Deus' ou de Wembley [em 1966]. Não queríamos vence ro título mundial no tribunal porque seria estranho para a FIA se defender e julgar ao mesmo tempo", disse Wolff ao jornal Bild.
"Isso nos deixou sem esperanças, assim como a volta final de domingo. Não me sentia desse jeito desde criança", acrescentou o chefe da Mercedes.
Wolff seguiu em seu discurso inflamado, inclusive utilizando palavras fortes. O dirigente disse que o octacampeonato de Lewis Hamilton foi "roubado" pela direção de prova, mas evitou tecer ataques diretos à Red Bull ou a Verstappen — que foi elogiado.
"Sua pilotagem, principalmente nas últimas quatro corridas, foi sem erros. Teve uma liderança incontestável no domingo em Abu Dhabi desde o início. Roubá-lo na última volta é inaceitável", declarou. "É por isso que, por um ponto de vista pessoal e profissional, meus valores e meu senso de integridade não são compatíveis com as decisões tomadas no domingo", finalizou.
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