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Fórmula Indy

GUIA 2021: Pós-pandemia, Indy mantém regulamento e atrasa nova geração de carros

Por logística e questão financeira, ambas bem afetadas pela pandemia, a Indy resolveu dar continuidade às regras esportivas e adiar novidades técnicas

13 abr 2021 - 04h17
(atualizado às 05h41)
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Scott liderou o maior número de voltas da Indy 500, mas foi apenas segundo, atrás de Takuma Sato. Josef Newgarden brilhou ao ficar com o quinto lugar
Scott liderou o maior número de voltas da Indy 500, mas foi apenas segundo, atrás de Takuma Sato. Josef Newgarden brilhou ao ficar com o quinto lugar
Foto: Indycar / Grande Prêmio

A Indy tinha planos traçados para o que fazer nas próxima temporadas, ao menos em termos técnicos. Um ajuste ou outro para 2021 seria o natural, como costuma acontecer todos os anos, e uma nova geração tanto de carros como de motores a partir de 2022, mas tudo isso caiu por terra. Evidente que o motivo todos sabem: a pandemia do novo coronavírus encurtou o calendário e as receitas. Complicou o jogo para todos. Neste cenário, ter a equipe de engenharia mais astuta tende a levar muita vantagem.

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O ano de 2020 foi de grandes mudanças para a Indy, com a aquisição da categoria por parte de Roger Penske - que também carregou o Indianapolis Motor Speedway para a sua carteira de ativos - e, claro, pensava em dar sua cara ao espetáculo. Fora questões pontuais, nada conseguiu mudar. A pandemia força as equipes a se aprumarem financeiramente antes de saírem por aí esbanjando em grandes inovações e alterações.

A parte do dinheiro vale também para as grandes corporações e, por isso, Honda e Chevrolet não se opuseram à ideia de adiar a introdução dos motores híbridos, o que acaba sendo a grande notícia do ano. O plano acordado era trazer a nova vida da Indy à baila em 2022, mas a necessidade do respiro financeiro atrasou os planos. A Era Híbrida, que chegou aos motores da Fórmula 1 em 2014, terá de esperar e passar à principal categoria de monopostos do lado de cá do Atlântico oito anos depois.

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"Poder anunciar uma extensão plurianual e de longo termo com nossos parceiros é fenomenal. São tempos empolgantes na Indy com as inovações no carro e o novo motor com tecnologia híbrida", declarou Jay Frye, presidente da Indy.

"A Honda dá boas vindas a este passo ao futuro da Indy, ação que espelha o nosso esforço para desenvolver e construir produtos de alta performance que se encontram com os desafios da indústria e agradam nossos consumidores", citou Ted Klaus, presidente da Honda Performance Development.

Roger Penske: além de dono de equipe, dono da categoria inteira
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Foto: IndyCar / Grande Prêmio

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"Chevrolet teve sucesso desde que entrou na Indy, em 2012. Estamos animados por avançar porque é o mostruário perfeito de nossa tecnologia de motores, na única categoria de monopostos dos Estados Unidos, uma categoria de alta tecnologia, que Roger Penske e time estão levando ao próximo nível", comentou Mark Reuss, presidente da General Motors.

Quando chegar o novo momento, as velhas parceiras Honda e Chevrolet seguirão por lá, disputando esportivamente numa categoria em que se dão muito bem. A Era Híbrida dá à Honda, por exemplo, o que ela vê necessário na Fórmula 1, mas com custos bem menores. Por isso, a marca japonesa deixa uma e fica em outra - embora a Honda americana atue mesmo separada àquela do Japão, mas sempre tendo de ouvir a palavra final da matriz em casos mais complexos.

O novo motor será de 2.4 litros com sistema de combustão interna e a introdução do sistema de recuperação de energia cinética, o famoso KERS. Foi exatamente a produção deste que ficou mais comprometida financeira e logisticamente com a pandemia. O novo sistema de trem de força ainda terá um esquema mais fácil na hora de ligar o carro, o que pode ajudar a segurança e diminuir o tempo de bandeiras amarelas.

Laguna Seca encerrou o campeonato em 2019, mas agora entrega o bastão para Long Beach
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Foto: Indy / Grande Prêmio

Calendário - Indy na meca do country

Após um ano em que diversos remendos no calendário foram necessários para a Indy, mesmo depois de começar a correr, de fato, o campeonato quer um pouco mais de estabilidade. Desta maneira, as mudanças, embora existam, também foram controladas. A organização acredita que é, sim, possível levar a cabo a temporada como planejada, uma vez que a campanha de vacinação contra a Covid-19 está a toda velocidade nos Estados Unidos.

São 17 corridas, aumentando as 14 que foram possíveis em 2020. Entre aquelas que aconteceram no ano passado, apenas o oval curto de Iowa deixa o calendário. Enquanto isso, retornam Barber, a rodada dupla em Detroit, Toronto - esta, sim, a grande dúvida neste momento -, Portland, Laguna Seca e Long Beach. Daquelas que foram canceladas em 2020, estão fora Richmond e Austin, no Circuito das Américas.

A novidade maior está na estreia do GP da Cidade da Música, em Nashville, estado do Tennessee, a meca do gênero country. O evento está marcado para 8 de agosto e será importante, com Helio Castroneves, por exemplo, mudando o calendário de etapas limitadas que irá disputar para correr nessa etapa.

A abertura do campeonato fica para Barber, no Alabama, após anos de São Petersburgo, que agora recebe a segunda etapa. Já o oval do Texas conta com rodada dupla, para compensar as corridas de oval perdidas sem Iowa. O misto de Indianápolis tornará a receber mais de uma prova, ao passo que o campeonato termina em 26 de setembro, em linha com o que vinha acontecendo nos últimos anos normais, em Long Beach. É uma alteração, visto que Sonoma - fora do calendário desde 2019 - recebeu a decisão ao longo de tantos anos e, antes da pandemia, foi Laguna Seca quem fechou a história. Agora, Laguna Seca e Long Beach, nessa ordem, encerram o ano numa dobradinha californiana.

A temporada começa já no próximo fim de semana.

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