Ex-promessa da Fórmula 1 admite ter matado o próprio pai
Jovem confessou o crime após três meses e alegou legítima defesa
Ex-promessa da Fórmula 1, Antolín González, de 23 anos, admitiu esta semana que matou o próprio pai. A vítima, que tem o mesmo nome que o filho, era empresário, tinha 53 anos e foi assassinada no dia 5 de julho, em Aranda del Duero, na província de Burgos, na Espanha.
Segundo informações da imprensa espanhola, o ex-piloto relatou que o crime aconteceu durante um discussão. O pai teria ameaçado o filho com uma faca e, em meio à briga, o jovem teria desferido uma facada no pescoço da vítima, que chegou a ser socorrida, mas morreu no local.
Após o assassinato, o jovem fugiu da cena do crime, mas foi localizado pelas autoridades na cidade de Sinovas, algumas horas depois. Ele foi preso e permanece detido.
O ex-piloto colaborou com as investigações e indicou às autoridades o local onde a faca utilizada no crime estaria. A bolsa onde o objeto estava foi encontrada às margens do rio Banuelos, mas a arma não foi localizada. Em sua confissão, ele diz que a morte do pai foi um acidente e que agiu em legítima defesa.
Antolín González iniciou a trajetória nas pistas de kart, quando tinha apenas 8 anos e logo se destacou no automobilismo. Aos 13 anos, a promessa se tornou piloto de Fórmula 3, sendo o mais jovem a conduzir um carro da categoria.
Em sua passagem meteórica pelo esporte, ele disputou a F4 da Espanha e foi vice-campeão da a Fórmula Masters China e a Fórmula Renault Series, em 2018, e sonhava com a F1.
Por falta de investimento e apoio financeiro, a joia precisou encerrar sua carreira na adolescência.
De acordo com o portal Clarín, esse não é o primeiro caso de violência na família González. Em outra ocasião, antes de sua morte, o pai de Antolín foi denunciado por violência contra sua esposa, mãe do ex-piloto.