Ex-vereador de Curitiba, Juliano Borghetti (PR), identificado na briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco da Gama, na Arena Joinville, no último dia 8, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, se apresentou à polícia na manhã desta quinta-feira.
A Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) tinha um mandado de prisão para Borghetti, mas não o encontrou em casa. Por volta das 11h50 (de Brasília), o ex-parlamentar apareceu acompanhado do advogado, Caio Fortes de Matheus, que o orientou a tomar as medidas necessárias. "Ele foi flagrado pelas câmeras e dará respostas para todas as acusações", limitou-se a dizer Fortes. Borghetti não concedeu entrevista à imprensa.
Superintendente da PR Projetos, vinculada à Secretaria de Planejamento, Juliano Borghetti pediu demissão do cargo um dia depois de ser flagrado nas imagens da confusão em Santa Catarina. O governador do Estado do Paraná, Beto Richa, aceitou o pedido e divulgou a informação nas redes sociais, sem dar muitos detalhes.
Torcidas de Atlético-PR e Vasco se enfrentam em Joinville:
Vereador de Curitiba entre 2009 e 2012, Borghetti é autor de um projeto de lei que pede a identificação de torcedores nos estádios de futebol da capital paranaense, sobre responsabilidade dos clubes. Aprovado pela Câmara, a lei foi criada após confusão no Couto Pereira, em 2009, quando torcedores do Coritiba invadiram o gramado e depredaram a arena em virtude do rebaixamento do clube à Série B.
A operação "Cartão Vermelho", que começou nesta madrugada, foi realizada pelas Polícias Civis de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Elas trabalham em conjunto para prender os protagonistas da barbárie na Arena Joinville, na partida Atlético-PR x Vasco. Dos 12 primeiros presos, nove foram no Paraná, dois em Santa Catarina e um no Rio de Janeiro.