Ataque a tiros deixa 15 mortos em universidade de Praga
Atirador era estudante tcheco de 24 anos e também faleceu
Um homem armado abriu fogo dentro de uma universidade de Praga, capital da República Tcheca, e deixou pelo menos 15 mortos e cerca de 30 feridos nesta quinta-feira (21).
O incidente ocorreu na Faculdade de Letras da Universidade Karlova, em pleno centro histórico da cidade, e o atirador, identificado como David Kozak, cidadão tcheco de 24 anos, também morreu.
O chefe da polícia Martin Vondrasek disse que o agressor provavelmente se suicidou, mas não está descartada a hipótese de ele ter falecido em uma troca de tiros com as forças de segurança.
"Temos informações não confirmadas de que o estudante de 24 anos se inspirou em um evento similar ocorrido na Rússia", acrescentou Vondrasek. Além disso, o pai de Kozak havia sido encontrado morto durante a manhã, antes do ataque.
Segundo as primeiras informações, o atirador era estudante da Universidade Karlova e teria manifestado em um canal no Telegram a intenção de cometer um atentado porque estava "cansado da vida" e odiava "todo mundo".
No entanto, o ministro tcheco do Interior, Vít Rakuzan, declarou que não há indícios de que o episódio esteja ligado ao terrorismo internacional. Já o presidente Petr Pavel disse estar "chocado" com o crime e expressou "sinceras condolências às famílias das vítimas".
Por sua vez, a presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, lamentou a "violência insensata que causou diversas mortes em Praga" e exprimiu solidariedade ao povo tcheco, enquanto a premiê da Itália, Giorgia Meloni, enviou um telegrama a seu homólogo Petr Fiala para "condenar todas as formas de fanatismo e terrorismo".
"A Europa tem o dever de reagir e reforçar todos os instrumentos úteis para garantir a máxima segurança dos cidadãos", salientou a primeira-ministra.
O edifício da Faculdade de Letras foi evacuado, e a região adjacente foi isolada pelas forças de segurança.