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Associação de jogadores diz que suspensão de Guerrero por doping "desafia o bom senso"

15 mai 2018 - 13h18
(atualizado às 13h32)
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A suspensão por doping que privará o capitão da seleção de futebol do Peru, Paolo Guerrero, de sua longamente aguardada chance de jogar uma Copa do Mundo é injusta e desafia o bom senso, disse a associação mundial de jogadores FIFPro nesta terça-feira.

Atacante Paolo Guerrero chega em Lima
15/05/2018 REUTERS/Guadalupe Pardo
Atacante Paolo Guerrero chega em Lima 15/05/2018 REUTERS/Guadalupe Pardo
Foto: Reuters

Guerrero havia terminado de cumprir uma suspensão de seis meses devido a um exame que testou positivo para cocaína --presente em um chá-- quando a Corte Arbitral do Esporte (CAS) a aumentou para 14 meses na segunda-feira.

A ampliação da punição, imposta após uma apelação da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) à CAS, significa que o jogador de 34 anos perderá o Mundial do mês que vem, para o qual a seleção peruana se classificou pela primeira vez em 36 anos.

A FIFPro disse em um comunicado que quer uma reunião urgente com a Fifa para rever as regras antidoping do esporte.

"A FIFPro considera a suspensão injusta e desproporcional, e o exemplo mais recente de um Código Mundial Antidoping que com frequência demais leva a sanções indevidas, especialmente quando foi estabelecido que não houve intenção de trapacear", disse.

A entidade sediada na Holanda observou que a própria CAS aceitou que o maior artilheiro da história do Peru não pretendeu melhorar seu desempenho e que não ingeriu a substância conscientemente.

"Portanto, desafia o bom senso ele receber uma punição que prejudica tanto sua carreira", argumentou a FIFPro.

O código da Wada foi imposto ao esporte "sem a devida consulta aos futebolistas", acrescentou.

A FIFPro disse querer que a Fifa analise "como mudar as regras antidoping no futebol para que elas sirvam aos interesses do jogo e protejam os direitos fundamentais dos jogadores".

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