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Árbitro de vídeo engatinha e parece novo vilão do futebol

Atuação desastrada da arbitragem na final da Copa do Brasil foi novo capítulo

18 out 2018 - 14h17
(atualizado às 17h58)
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Árbitro busca auxílio do vídeo na final entre Corinthians e Cruzeiro
Árbitro busca auxílio do vídeo na final entre Corinthians e Cruzeiro
Foto: Newton Menezes/Futura Press / Estadão

O maior comunicador do Brasil antes da virada do século, Abelardo Barbosa, conhecido como Chacrinha, tinha um bordão famoso: "eu não vim aqui para explicar,  eu vim para confundir". Se estivesse vivo, ele certamente classificaria assim o recurso do árbitro de video (VAR), utilizado neste ano de 2018 com mais frequência no futebol mundial. O que se viu na partida final da Copa do Brasil, nessa quarta (17), entre Corinthians e Cruzeiro, foi mais um exemplo disso.

Se não tivesse à disposição o VAR, o árbitro carioca Wagner do Nascimento provavelmente teria uma atuação menos ingrata. Foi por influência do vídeo que tomou uma decisão equivocada ao marcar um pênalti inexistente a favor do Corinthians quando o Cruzeiro vencia por 1 a 0. Ali, por pouco, a decisão da Copa do Brasil não terminaria num fiasco.

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Em seguida, não validou um belo gol de Pedrinho num chute de categoria de fora da area. Seria a virada do Corinthians.  Wagner Nascimento, porém, recorreu ao VAR e anulou o gol após observar uma falta sofrida por Dedé na origem do lance. Falta controversa, contestada por muitos, embora outros tantos tenham concordado com a arbitragem. 

De todo modo, ele botou mais lenha na fogueira. O VAR parece ter grudado no Cruzeiro nos últimos meses. Recentemente,  uma decisão absurda do árbitro, depois de se postar diante do vídeo, provocou a expulsão do zagueiro Dedé em jogo pelas quartas de final da Libertadores, na Argentina. O time mineiro perdia por 1 a 0, foi prejudicado pela interpretação esdrúxula do árbitro  e acabou derrotado por 2 a 0. Dias depois, no Mineirão, não conseguiu reverter a vantagem do Boca.

No jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, em 12 de setembro, em São Paulo,  o Cruzeiro vencia por 1 a 0 quando Antônio Carlos empatou para o adversário aos 52 minutos do segundo tempo. O árbitro Wagner Reway não validou o lance por ver uma falta de Edu Dracena no goleiro Fabio, antes da conclusão da jogada. Os palmeirenses pediram que ele recorresse ao árbitro de vídeo,  o que seria razoável.  Mas nada. A CBF lavaria as mãos no dia seguinte, afirmando que não caberia o recurso do VAR porque Reway interrompeu o lance antes de a bola cruzar a linha do gol.

No caso acima, o árbitro de vídeo foi uma nulidade por não ter sido consultado. Assim como ocorreu na Copa do Mundo, em jogo da primeira fase, entre Brasil e Suíça, que terminou empatado por 1 a 1. Todo mundo lembra que o gol dos europeus saiu após um cruzamento sobre a área,  no qual o zagueiro Miranda foi claramente empurrado pelo autor do gol. Os brasileiros pediram que o árbitro checasse o VAR. Mas a reclamação não mudou a decisão. Ali, houve a evidência de dois erros - o de o árbitro nao marcar a falta e nem sequer recorrer ao vídeo.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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