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Vendas crescem 4% nos supermercados paulistas no primeiro bimestre e preços recuam

Receita de varejistas cresceu 4% em relação ao mesmo período de 2024

29 abr 2025 - 19h24
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O ano começou favorável aos supermercados do Estado de São Paulo, com aceleração nas vendas e recuo nos preços de itens básicos, como arroz e carnes, especialmente em março, apesar de o café e os ovos continuarem figurando como vilões da inflação de alimentos.

"Temos observado uma tendência de redução de preços", afirmou Erlon Ortega, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Em março, o arroz, por exemplo, ficou 2,40% mais barato, as carnes bovinas recuaram 1,16%, com destaque para a picanha (-6,16%), segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), apurado pela associação em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O feijão acumula recuo de 24,76% em 12 meses até março, apesar da alta de 0,63% no mês passado.

Receita dos supermercados cresce em 2025
Receita dos supermercados cresce em 2025
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

Ortega destacou também a desaceleração das cotações das frutas, verduras e legumes (FLV) no último mês. "A tendência é que a inflação se acalme, em conjunto com a estabilização do câmbio e a melhora das safras", afirmou o economista-chefe da Apas, Felipe Queiróz, em conversa com jornalistas.

A previsão é que a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas cresça 10% neste ano frente 2024, de acordo com o levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.

Aceleração

No primeiro bimestre deste ano, a receita real de vendas dos supermercados paulistas cresceu 4% em relação ao mesmo período de 2024, já descontada a inflação. O desempenho indica uma aceleração em relação ao ano fechado de 2024, que terminou com alta real de 3% nas vendas. Os supermercados paulistas venderam no ano passado R$ 328 bilhões e responderam por 30,7% do faturamento total do setor no País.

Para Queiróz, o bom desempenho atingido pelos supermercados em 2024 e no início deste ano decorreram do mercado de trabalho aquecido, do aumento da renda real e da expansão dos números de lojas."O desempenho de abril está sendo muito bom por causa da Páscoa", disse Orterga.

Apesar dos dados positivos registrados neste ano até momento, os supermercados paulistas esperam uma desaceleração da taxa de crescimento das vendas para os próximos meses em razão da elevação dos juros básicos da economia e dos efeitos da redução da renda real do consumidor por conta da inflação acumulada no passado. Queiróz projeta um avanço real de 2% para a receita do setor no Estado de São Paulo para este ano.

Falta de mão de obra

A falta de mão de obra continua sendo uma dor de cabeça para os empresários na expansão do setor, reiterou Ortega. "Mantemos conversas com o governo e queremos disponibilizar os postos de trabalho para as pessoas que estão sendo assistidas por programas sociais. O supermercado é a porta de entrada para o trabalho, sempre foi o primeiro emprego."

A entidade calcula que no ano passado foram criadas 22 mil novas vagas, sendo 75% delas ocupadas por mulheres. Atualmente, o setor emprega cerca de 690 mil pessoas no Estado de São Paulo, onde há 34 mil vagas ainda disponíveis. No País, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informa que há 357 mil vagas em aberto.

Estadão
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