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Top picks: Processo lento de privatização faz Eletrobrás cair, dizem analistas

Até o primeiro semestre, havia a expectativa de que a operação acontecesse ainda este ano

5 out 2019 - 04h11
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As ações da Eletrobrás acumulam quedas próximas de 15% nos últimos 30 dias, depois de praticamente triplicarem de valor desde as eleições presidenciais do ano passado. Apesar da margem para realização de lucros ainda ser grande, os analistas chamam a atenção para as indefinições sobre o processo de privatização da companhia. Até o primeiro semestre, havia a expectativa de que a operação acontecesse ainda este ano. Agora, os analistas são unânimes na projeção de que a privatização ocorrerá, mas de forma mais lenta.

Luis Sales, analista da Guide, continua confiante na venda da Eletrobrás pela União. Ele afirma que a queda recente é resultado das discordâncias entre a equipe econômica e o Congresso. Mas Sales justifica o otimismo com três pontos. "A necessidade do governo de arrecadar recursos, dificuldade da companhia em gerar valor sob administração estatal e o nível de endividamento elevado aliado com as crescentes necessidades de novos investimentos".

O ritmo do processo foi um ponto ressaltado por André Ferreira, analista da MyCap. Ele lembra que o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já tratou desse tema. "Outro ponto a ser levado em consideração é a indisposição do Senado em aprovar a privatização, já que há muitos integrantes da Casa contra o processo, o que vai exigir boa articulação do governo".

Pedro Galdi, da Mirae Asset, demonstra preocupação com a falta de definição do modelo que será utilizado para privatização. "O processo deve ocorrer no próximo ano, mas essa indefinição confirma nossa visão de que para este acontecimento, a Eletrobras deverá passar por uma série de ajustes para torná-la atrativa para a iniciativa privada", afirma.

O economista-chefe do Modalmais, Alvaro Bandeira, lembra que o próprio secretário de privatização Salim Mattar, admitiu que existem alguns obstáculos até se chegar na privatização. Mas ele demonstra otimismo. "Acho que privatizações e concessões vão ganhar maior impulso no próximo ano, e a liderança deve caber à Eletrobras".

Com o início do mês de outubro, bancos e corretoras fizeram um volume maior de alterações nas suas carteiras, em relação à semana passada. O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), que faz atualização mensal, realizou quatro mudanças. Além da manutenção de Cia. Hering ON, entraram na lista Eneva ON, Itaú Unibanco PN, Petrobras PN e Rumo ON. O Bradesco BBI, que também faz mudanças mensais, fez somente uma troca, de Tenda ON por Rumo ON.

A Socopa fez três mudanças em sua carteira para outubro, com as entradas de Bradesco PN, Vale ON e EDP Energias do Brasil ON. A Planner retirou Linx ON e inseriu Iochpe Maxion ON.

Três corretoras mudaram totalmente suas listas de recomendações. A carteira da MyCap passa a ser composta de Vale ON, Centauro ON, Duratex ON, B3 ON e Eztec ON. No Modalmais, as recomendações são BRMalls ON, Raia Drogasil ON, Itaú Unibanco PN, Magazine Luiza ON e IRB Brasil Re ON. Na Nova Futura, a carteira passa a ser composta por AES Tietê Unit, Sanepar PN, Tupy ON, Vale ON e Notre Dame Intermédica ON.

A XP Investimentos fez três alterações, com as entradas de B2W ON, Petrobras PN e JBS ON. A Mirae fez duas mudanças, inserindo GPA PN e Vale ON.

Estadão
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