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TCU anuncia força-tarefa para ampliar fiscalização sobre estatais após novo alerta do Tesouro

Tesouro emitiu alerta sobre nove estatais federais, incluindo Correios e Infraero

12 nov 2025 - 16h53
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BRASÍLIA - Diante de novo alerta emitido pelo Tesouro Nacional sobre dificuldades financeiras de nove empresas estatais federais, o Tribunal de Contas da União (TCU) vai ampliar o escopo de fiscalização dessas empresas para além dos aspectos exclusivamente financeiros.

Segundo o presidente da Corte, ministro Vital do Rêgo, serão incorporadas as dimensões de governança, experiência operacional e qualidade da gestão, "fatores que frequentemente estão na raiz das dificuldades fiscais enfrentadas por essas entidades".

A "força-tarefa" foi anunciada nesta quarta-feira, 12, pelo presidente da Corte de contas na sessão do tribunal, em que ele expressou preocupação com a "situação fiscal delicada" dessas entidades.

Segundo o presidente do TCU, serão incorporadas à fiscalização das estatais as dimensões de governança, experiência operacional e qualidade da gestão
Segundo o presidente do TCU, serão incorporadas à fiscalização das estatais as dimensões de governança, experiência operacional e qualidade da gestão
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

"A iniciativa dessa força-tarefa representa um compromisso do tribunal em atuar de forma preventiva e propositiva na identificação de riscos fiscais, contribuindo para a sustentabilidade das empresas estatais e para a prevenção das contas públicas", defendeu.

Ele destacou a situação dos Correios, que já vem sendo acompanhada pelo TCU. Representantes do tribunal receberam o presidente da empresa na semana passada para conhecer o plano de reestruturação.

Vital do Rêgo disse que os trabalhos vão complementar as fiscalizações já em curso, inclusive os Correios, permitindo ao tribunal uma visão mais abrangente sobre a situação das empresas.

O decano do tribunal, ministro Walton Alencar Rodrigues, pediu que o TCU avalie a totalidade das estatais, não se restringindo às nove destacadas pelo Tesouro. "De uma gestão em que nenhuma entidade estatal apresentava prejuízos, agora nós temos nove, e se deixar, no final do ano serão 12. É gravíssimo", criticou.

"Infelizmente nós temos assistido, e não é de agora, as estatais se tornarem palco ora de escândalos de corrupção, ora de escândalos de ineficiência, que também não deixa de ser um tipo de corrupção", completou o ministro Bruno Dantas, na sequência.

Tesouro emite alerta sobre nove estatais

Estão na lista com problemas de caixa nove das 27 empresas estatais monitoradas pelo Ministério da Fazenda:

  • Casa da Moeda
  • Correios
  • Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar)
  • Infraero
  • CDC (Ceará)
  • CDP (Pará)
  • Codeba (Bahia)
  • CDRJ (Rio de Janeiro)
  • Codern (Rio Grande do Norte)

Algumas delas apresentam trajetória de deterioração dos resultados, com riscos para as contas públicas, segundo o Tesouro.

O alerta do Tesouro sobre as estatais consta da 7ª edição do Relatório de Riscos Fiscais da União, publicação anual que busca demonstrar, de forma sintética, a situação dos riscos fiscais aos quais o governo federal está exposto. O relatório foi divulgado na última sexta-feira, 7.

"No que diz respeito às empresas estatais, é considerado remoto o risco de frustração de receitas de dividendos e de juros sobre capital próprio. Entretanto, é considerado o risco possível de necessidade de aporte emergencial, devido, principalmente, às dificuldades concretas que algumas empresas enfrentam", trouxe o documento do Tesouro.

Estadão
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