Superávit dos EUA em relação ao Brasil cresce 500% e atinge US$ 1,7 bilhão
O superávit dos EUA significa que o Brasil gastou mais com importações vindas do país, do que ganhou com as exportações feitas
O superávit comercial dos EUA com o Brasil cresceu 500% no primeiro semestre de 2025, atingindo US$ 1,7 bilhão, devido ao aumento das importações brasileiras de produtos norte-americanos.
O saldo comercial entre Brasil e Estados Unidos foi superavitário em US$ 1,7 bilhão para o país governado pelo republicano Donald Trump no seis primeiros meses de 2025, um aumento de 500% em relação ao mesmo período de 2024. O dado foi divulgado nesta sexta-feira, 11, no Monitor do Comércio Brasil-EUA, realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
- O superávit dos EUA significa que o Brasil gastou mais com importações vindas do país, do que ganhou com as exportações feitas.
- Desde o primeiro semestre de 2009, os EUA registram superávits frente ao Brasil.
As exportações do Brasil para os EUA totalizaram US$ 20 bilhões no primeiro semestre deste ano, um aumento de 4,4%. Apenas a Argentina teve um crescimento maior nesse quesito, tendo as exportações para nosso país vizinho aumentado 55,4%.
A China, maior parceiro comercial do Brasil, registrou uma queda de 7,5% no número de exportações advindas daqui.
Já as importações brasileiras vindas dos EUA cresceram 11,5%, totalizando US$ 21,7 bilhões. O crescimento foi maior do que o das compras totais pelo Brasil do mundo (+8,3%) e de parceiros como a União Europeia (+4,4%) e o Mercosul (-0,9%).
Os produtos mais exportados do Brasil aos EUA são:
- Óleos brutos de petróleo;
- Produtos semi-acabados de ferro ou aço;
- Café não torrado;
- Aeronaves;
- Ferro-gusa;
- Óleos combustíveis;
- Carne bovina;
- Sucos de frutas;
- Celulose;
- Instalações e equip. de engenharia civil.
Com relação aos Estados, o relatório mostra que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul continuam sendo os maiores exportadores brasileiros aos EUA.
A Amcham deixa uma observação no relatório referente às tarifas de 50% anunciadas por Trump que devem entrar em vigor em 1º de agosto. Para a Câmara Americana de Comércio, a nova taxa "tem o potencial de inviabilizar parte expressiva das exportações brasileiras para os EUA". A organização pede que haja esforço diplomático para uma solução no curto prazo.
Já nas importações, há uma pequena alteração no ranking de Estados que mais negociam com os EUA: o Rio Grande do Sul deixa a lista e entra a Bahia.