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Streaming já está em 43% dos lares e acelera declínio da TV por assinatura

Houve acréscimo de 1,5 milhão de residências com acesso ao serviço no ano passado em relação a 2023, totalizando 32,7 milhões de casas, aponta pesquisa do IBGE

24 jul 2025 - 10h11
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RIO - O hábito de assistir a filmes, novelas ou jornais no país continua migrando para a internet, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - módulo Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, 43,4% dos lares dispunham de serviço pago de streaming de vídeo.

Houve um acréscimo de 1,5 milhão de residências com acesso ao serviço ante 2023, totalizando 32,7 milhões de casas.

O avanço das plataformas digitais contrasta com o encolhimento da TV por assinatura tradicional. O serviço estava presente em 18,3 milhões de domicílios em 2024, o equivalente a 24,3% dos lares com televisor, recuo de 0,9 ponto percentual em relação a 2023. Entre os entrevistados, 31% dizem que o preço é alto e, por isso, desistem da assinatura.

"A pesquisa mostra que 58,4% das pessoas que não tinham TV por assinatura afirmavam não ter interesse pelo serviço. Possivelmente, um dos motivos pode ser o streaming e o acesso a vídeos e a filmes por outros meios, como o YouTube", comentam Gustavo Geaquinto Fontes e Leonardo Areas Quesada, analistas de pesquisa do IBGE.

O formato já chega à metade dos domicílios do Sul (50,3%), quase empata com o patamar do Centro-Oeste (49,2%) e do Sudeste (48,6%), mas ainda avança mais lentamente no Norte (38,8%) e, sobretudo, no Nordeste (30,1%).

A renda também ajuda a explicar o mapa: quem assina streaming tem rendimento médio per capita de R$ 2.950, mais do que o dobro dos que não pagam pela modalidade (R$ 1.390), mas abaixo do verificado entre quem contrata vídeo sob demanda e canais fechados de TV, grupo cuja média chega a R$ 3.903.

A TV aberta continua majoritária, porém em retração. Em 2024, 65,1 milhões de lares (86,5% dos que têm televisor) captavam sinal analógico ou digital por antena convencional, proporção 1,5 ponto percentual menor do que a de 2023. Dos domicílios com streaming de vídeo, 86,9% também recebiam sinal de TV aberta (89,7% em 2023). Além disso, a parcela de lares sem sinal de TV aberta nem por assinatura subiu de 5,2% em 2023 para 6,7% em 2024, indicando tendência de alta. O vazio de sinal é maior no Centro-Oeste (8,6%) e atinge 11,8% das unidades rurais da região.

No país, de 2023 para 2024, houve avanço no número de residências com televisão de tela fina (de 68,5 milhões para 71,3 milhões) e queda no de televisores de tubo (de 6,8 milhões para 5 milhões).

Quanto ao hábito de ouvir rádio, cerca de 38,8 milhões, ou 48,5% dos domicílios, possuíam o aparelho em 2024. Pela primeira vez, esse contingente é menor do que o de residências sem rádio (41,2 milhões). No meio rural, 51,8% dos lares tinham rádio, índice superior ao verificado nas áreas urbanas (48,1%).

A sondagem, realizada no quarto trimestre de 2024, avaliou o acesso à internet e à televisão nos domicílios e a posse de telefone celular pelas pessoas com dez anos ou mais.

Estadão
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