Saiba lidar com o funcionário que não atinge as expectativas
Gerir equipes é um dos grandes desafios de todas as empresas, sejam grandes, médias ou pequenas. Dentro desse desafio, também entra saber o lugar certo para cada colaborador - ou como fazer com que um bom profissional tenha sucesso em algumas funções nas quais ainda não tem experiência. Um problema costuma ocorrer quando um bom profissional ganha uma promoção, mas não desempenha o papel como o esperado na nova tarefa.
Segundo Arlindo Felipe Junior, diretor da AFJ Consultoria, escritório especializado em consultoria de gestão empresarial, de São Paulo, quando essa situação é colocada, o empreendedor deve analisar os fatos antes de definir o destino do funcionário. "Primeiramente, o gestor deve saber o que ele quer para o cargo que está propondo para o colaborador. Sabendo as definições da função, ele terá como cobrar e ajudar o funcionário a rever seus pontos francos", explica Arlindo. "Outro detalhe muito importante: o empreendedor tem que estar certo da promoção."
O consultor defende que, antes de mudar o cargo do funcionário, o gestor deve pensar muito bem e estudar o assunto. Uma vez alterada a carteira de trabalho, ele não tem como recolocar o colaborador em um cargo inferior na hierarquia. Portanto, independentemente de quem foi o erro ¿ do funcionário ou do gestor -, se a promoção não der certo, o funcionário terá que ser desligado.
De acordo com Arlindo, o promovido deve ser avaliado por no mínimo seis meses e, no máximo, um ano. Dentro desse período, o gestor deve analisar e dar retornos positivos e negativos sobre o trabalho que vem sendo desempenhado.
Como avaliar
Arlindo explica que o gestor deve fazer uma escala de 0 a 10 para pontuar o colaborador. Definida a nota, deve estudar quais foram os pontos fracos que fizeram com que esse funcionário não tirasse a nota máxima. Encontradas as deficiências, o próximo passo é conversar com o colaborador e propor soluções para os problemas, como treinamentos e cursos de capacitação.
Caso o trabalho de um ano não dê resultados, e o funcionário continue com os mesmos problemas, ele deve ser desligado. "Às vezes, a pessoa não tinha vocação para determinada função e, por isso, não deu certo. Mas o gestor deve ser crítico na avaliação. Afinal, ninguém será 100% em tudo. Por isso, o trabalho é feito em uma equipe que se complementa."
Outro fator que deve ser analisado, segundo o consultor, é até que ponto os problemas na função são gerados por deficiências operacionais ou falta de conhecimento em determinado assunto. Em outros casos, a falta de empenho de um colaborador pode fazer com que ele não desempenhe bem uma função.