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Sadia decide processar ex-diretor por perdas com derivativos

7 abr 2009 - 11h05
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Os acionistas da Sadia decidiram na terça-feira, em assembléia geral extraordinária, processar o ex-diretor financeiro da companhia Adriano Lima Ferreira pelas perdas que a empresa teve em derivativos. A decisão foi tomada com base no relatório feito pela DBO Trevisan no qual foram apuradas as responsabilidades pelas perdas financeiras com esses contratos. O relatório constatou que o conselho de administração da companhia não sabia que as posições em derivativos excediam os limites internos.

Os alertas feitos pelo departamento de gerenciamento de risco da empresa, com sede em Concórdia, Santa Catarina, não chegaram ao conselho, conforme uma auditoria externa. "O relatório informa que não há indícios de que os membros do conselho foram informados sobre as transgressões", disse o presidente do conselho de administração, Luiz Fernando Furlan, em entrevista concedida depois da apresentação do relatório.

Os acionistas da Sadia votaram por processar o ex- diretor financeiro por perdas decorrentes de contratos de derivativos, disse Furlan. A Sadia demitiu Ferreira em 25 de setembro depois que a empresa registrou perda na operação de hedge de R$ 760 milhões. A Sadia relatou perda líquida no quarto trimestre de R$ 2,04 bilhões por causa de apostas erradas na moeda brasileira.

A Sadia foi acusada, no ano passado, de passar informações erradas para os investidores referentes ao seu "bem-estar financeiro e negócios futuros". Algumas ações foram movidas por investidores nos Estados Unidos contra os executivos da empresa. O escritório de advocacia americano Howard G. Smith entrou com uma ação em benefício de todas os acionistas que compraram American Depositary Receipts (ADRs) ou ações ordinárias da Sadia entre 1 de maio e 26 de setembro, buscando reparação de prejuízo.

Também entrou com a ação um fundo de pensão americano - o Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds. Na ação, o fundo argumenta que os contratos de derivativos de câmbio feitos pela Sadia representaram pura especulação da parte da companhia brasileira. "Trato-se de um jogo de apostas altas, que não foi revelado pela companhia aos seus acionistas", afirma o texto da ação.

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Fonte: Invertia Invertia
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